Fraudes nos jogos de pôquer: tecnologia e máfia envolvem lenda da NBA

Acusações contra Chauncey Billups revelam esquema complexo de trapaça em partidas clandestinas

Chauncey Billups é acusado de ajudar a enganar jogadores de pôquer em esquemas fraudulentos.

O técnico do Portland Trail Blazers, Chauncey Billups, membro do Hall da Fama da NBA, foi acusado de ajudar a enganar jogadores de pôquer de alto risco e roubar milhões de dólares por meio de jogos de cartas fraudados, supostamente operados por figuras do submundo do crime. Uma acusação de 22 páginas, revelada em investigações federais, descreve esquemas para fraudar apostadores atraídos por jogos com celebridades da NBA.

O esquema de trapaça

Os esquemas tinham como alvo jogadores ricos que acreditavam participar de jogos de pôquer “diretos” não fraudados. Esses encontros, como o “Washington Place Game” e o “Lexington Avenue Game” em Manhattan, eram anunciados com a presença de ex-atletas famosos. Entre os supostos participantes estava Billups, que jogou em diversos times da NBA e ganhou um campeonato com o Detroit Pistons em 2004.

A tecnologia utilizada

A acusação revela que os jogos fraudados utilizavam máquinas de embaralhamento alteradas. Essas máquinas podiam ler as cartas do baralho e prever qual jogador tinha a melhor mão, retransmitindo a informação a operadores externos que comunicavam com membros da equipe trapaceira. Outros dispositivos incluíam bandejas eletrônicas de fichas e analisadores de cartas disfarçados.

Envolvimento do crime organizado

O esquema é associado a famílias do crime organizado em Nova York, como Bonanno, Gambino, Lucchese e Genovese, que controlavam jogos clandestinos e usavam extorsão para cobrar dívidas. O caso exemplifica a confluência de esportes, crime e tecnologia, levantando questões sobre a integridade dos jogos de pôquer em ambientes clandestinos.

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