Um caso de humilhação no ambiente de trabalho que foi parar na Justiça.
Funcionária processa empresa após ser eleita a "Rainha do Absenteísmo" em votação interna.
Um caso de humilhação no local de trabalho
A recente decisão da Justiça do Trabalho em Minas Gerais trouxe à tona questões importantes sobre a ética nas relações laborais. Uma funcionária, que foi eleita “Rainha do Absenteísmo” em uma votação interna, decidiu processar a empresa após ser exposta em uma situação vexatória. A votação, organizada pela própria coordenadora, ocorreu em dezembro de 2024, utilizando o Google Forms e divulgada via WhatsApp, sob o título “Melhores do Ano 2024”.
O contexto da votação
Na votação, os funcionários puderam escolher colegas para categorias consideradas inusitadas, como “O puxa-saco de 2024” e “O mais trabalhador de 2024”. Contudo, a categoria que mais chamou a atenção foi a de “Rei/Rainha do Absenteísmo”, que, para muitos, representa uma zombaria. O prêmio era uma simples caixa de panetone, mas o impacto psicológico da brincadeira foi significativo para a funcionária eleita.
A repercussão na Justiça
Após descobrir que sua imagem foi projetada em um telão durante a apresentação do resultado, a funcionária alegou que a votação ocorreu sem seu consentimento, o que levou à ação judicial. A juíza Daniela Torres Conceição, do Tribunal Regional do Trabalho de Minas Gerais, considerou a atitude da empresa uma falta grave. Ela deferiu o pedido de rescisão indireta do contrato de trabalho e determinou que a funcionária recebesse R$ 5 mil por danos morais.
Implicações e reflexões
Esse caso levanta importantes reflexões sobre o ambiente de trabalho e a necessidade de um comportamento respeitoso entre colegas. Brincadeiras que podem parecer inofensivas podem ter consequências legais e emocionais profundas para os envolvidos. A decisão da Justiça não só puniu a empresa, mas também serviu como um alerta sobre a importância da ética e do respeito mútuo no ambiente corporativo.



