Trabalhadores denunciam perda de moral e apontam consequências prejudiciais para a educação
Trabalhadores do Departamento de Educação criticam a proposta de desmantelamento do órgão pelo governo Trump, alegando que isso prejudicará a educação.
Funcionários do Departamento de Educação criticam desmantelamento do Departamento de Educação
No contexto das recentes manobras da administração Trump, trabalhadores do Departamento de Educação expressaram sua indignação sobre o plano de desmantelamento da agência, que, segundo eles, “não faz sentido”. A crítica vem à tona em meio a um clima de desânimo e descontentamento entre os funcionários, que afirmam que a moral está “completamente perdida” após as mudanças implementadas nos últimos meses.
Diminuição da Moral e Preocupações com o Futuro
Durante uma reunião com a secretária de Educação, Linda McMahon, os funcionários receberam a confirmação de que operações chave seriam transferidas para outras agências, como os departamentos do interior, saúde e serviços humanos, trabalho e estado. Esta ação, que é vista como uma tentativa de desmantelar o órgão, foi recebida com frustração. Um funcionário relatou que “não houve aplausos” e descreveu a situação como “traumática”.
Ação Rápida e Consequências
Desde que Trump assumiu o cargo, o número de funcionários do departamento caiu de mais de 4.000 para aproximadamente 2.700, devido a demissões e cortes. O clima de incerteza se intensifica à medida que os trabalhadores relatam a falta de comunicação e a dificuldade em acessar suas contas de trabalho após a reabertura do governo. “Estamos sem acesso às nossas contas e sem clareza sobre nossas funções”, disse um funcionário. Essa incerteza gera preocupações sobre a capacidade do departamento de atender às necessidades educacionais do país.
Críticas de Especialistas e Sindicatos
A movimentação da administração não passou despercebida por especialistas e sindicatos. Rachel Gittleman, presidente da AFGE Local 252, chamou a ação de “ilegal” e “insultuosa” para os milhões de estudantes que dependem da agência. Gittleman enfatizou a importância do departamento na proteção do acesso à educação de qualidade e alertou que a transferência de funções para agências sem expertise educacional só agravará a situação.
Confusão e Ineficiência
Angela Hanks, que já trabalhou no Departamento do Trabalho, questionou a lógica por trás da proposta de transferir o programa Título I, que atende 26 milhões de crianças, para uma agência que serve apenas 130.000. “Essa mudança não só é imprudente, mas também irá criar um caos nas escolas”, disse Hanks. A falta de clareza sobre o que será redistribuído ou fechado tem gerado incertezas e resistência por parte dos funcionários.
Reações da Comunidade Educacional
Líderes de sindicatos de professores também criticaram as ações do governo, caracterizando-as como um abandono das responsabilidades do governo em relação à educação. Becky Pringle, presidente da National Education Association, e Randi Weingarten, presidente da American Federation of Teachers, expressaram suas preocupações sobre a direção da política educacional sob a administração Trump. Ambas destacaram que, em vez de buscar melhorias, as ações atuais representam uma abdicação do compromisso com o futuro educacional do país.
Conclusão
Com a pressão crescente de trabalhadores e especialistas sobre as consequências das ações do governo, o debate sobre o futuro do Departamento de Educação se intensifica. A falta de comunicação e a incerteza sobre as mudanças propostas geram um clima de desconfiança que pode impactar negativamente a educação nos Estados Unidos. A comunidade educacional observa atentamente os desdobramentos, enquanto muitos clamam por um retorno à estabilidade e ao foco no aprendizado e no apoio às escolas.
Fonte: www.theguardian.com
Fonte: Evan Vucci/AP