Organização das Nações Unidas aprova investimentos significativos em países vulneráveis
O Fundo Verde para o Clima bateu recorde de aprovações em 2025, com arrecadação de US$ 3,26 bilhões para projetos em países vulneráveis.
Fundo Verde registra um ano recorde
Em 31 de outubro de 2025, o Fundo Verde para o Clima (GCF) da Organização das Nações Unidas (ONU) destacou um ano histórico em aprovações de projetos em países vulneráveis às mudanças climáticas, arrecadando um total de US$ 3,26 bilhões. Este resultado, segundo a direção do GCF, é consequência de reformas que buscam reduzir a burocracia.
Investimentos e reformas
Estabelecido para direcionar recursos de países ricos, que historicamente são os maiores responsáveis pelas mudanças climáticas, o GCF visa apoiar nações em desenvolvimento na adaptação ao aquecimento global e na redução de suas emissões. O montante arrecadado em 2025 representa um aumento em comparação aos US$ 2,9 bilhões de 2021, que foi seu segundo melhor ano. Entre os investimentos, destaca-se um projeto de dessalinização e transporte de água na Jordânia, considerado vital devido à grave crise hídrica enfrentada pelo país.
Compromisso e mudanças operacionais
Mafalda Duarte, diretora do GCF, ressaltou que o recorde de aprovações se deve a reformas administrativas implementadas desde sua chegada ao cargo em 2023. O período de revisão de projetos foi reduzido de dois anos para nove meses, além de acelerar o credenciamento de instituições parceiras. Essas mudanças visam tornar o GCF uma referência em eficiência e agilidade.
Empréstimos e doações
Duarte também defendeu a utilização de empréstimos em vez de doações para projetos com fins lucrativos, argumentando que isso otimiza os recursos dos doadores. Apesar de as doações representarem cerca de 45% do financiamento do fundo, não são suficientes para alcançar as metas do Acordo de Paris. A COP30, que ocorrerá de 10 a 21 de novembro, em Belém, no Pará, será uma oportunidade para discutir compromissos concretos e não apenas promessas simbólicas.
Dados positivos sobre desmatamento
Além disso, foi reportada uma queda de 11% no desmatamento da Amazônia brasileira em relação ao ano anterior, um dado positivo que foi divulgado pouco antes da COP30. Essa redução, que representa a quarta consecutiva, foi coletada por satélites do Instituto Nacional de Pesquisas Espaciais (INPE). Os dados indicam que o índice de desmatamento entre agosto de 2023 e julho de 2024 foi de 6.518 km², o que representa uma diminuição de 30% em comparação com os doze meses anteriores.
 
				 
											 
                     
								 
								 
								