Fusão espacial na Europa reflete medo de ficar de fora

elon musk starlink reuters

A união de grandes empresas do setor é uma resposta à competitividade global

Fusão entre empresas de satélites na Europa reflete o medo de perder competitividade.

Impulsionadas ao limite pela SpaceX de Elon Musk, as maiores empresas de satélites da Europa estão unindo forças em uma fusão de US$ 7 bilhões, uma aposta que alguns insiders chamaram de “Projeto FOMO” (medo de ficar de fora). A união entre Airbus, Thales e Leonardo, anunciada na semana passada, surge em um contexto competitivo dominado pela SpaceX e novas mega-constelações na China.

Contexto da fusão

Historicamente rivais, Airbus e Thales perceberam que os desafios globais superam suas disputas. Caleb Henry, diretor de pesquisa da consultoria Quilty Space, destacou que a fusão era impensável há dez anos, mas agora é crucial para enfrentar a concorrência internacional. O projeto agrega joint ventures e negócios de satélites, refletindo a urgência de uma colaboração para evitar perdas significativas no mercado.

Desafios e oportunidades

A fusão não apenas visa aumentar a competitividade, mas também se alinha a uma necessidade crescente de proteger ativos em um cenário de segurança instável, exacerbado pela invasão da Ucrânia. O CEO da Airbus, Guillaume Faury, alertou sobre perdas inaceitáveis no início de 2024, impulsionando as negociações que agora visam a sobrevivência no setor.

O futuro do setor espacial europeu

Apesar das esperanças em torno da fusão, analistas sugerem que pode ser tarde demais para reverter anos de indecisão. As empresas precisam lidar com questões de capacidade produtiva e governança, que são essenciais para o sucesso dessa rara fusão tripla, prevista para ser concluída entre agora e 2027. O impacto dessa união será crucial para o futuro do setor espacial europeu, que enfrenta desafios significativos na construção de sua nova rede de satélites seguros, o IRIS².

PUBLICIDADE

Relacionadas: