Presidente do Banco Central destaca cenário inflacionário e mantém postura firme apesar das brincadeiras sobre derrota do Palmeiras
Gabriel Galípolo reafirma que a taxa Selic seguirá em 15% ao ano enquanto a inflação não mostrar melhora clara.
Gabriel Galípolo reforça manutenção da taxa Selic em 15% ao ano durante evento em outubro
No dia 1º de outubro, o presidente do Banco Central, Gabriel Galípolo, abordou a política monetária brasileira durante um evento promovido pela XP, confirmando que a taxa Selic deve permanecer em 15% ao ano enquanto não houver sinais claros de melhora no cenário inflacionário. Galípolo, conhecido por sua torcida pelo Palmeiras, iniciou sua fala com brincadeiras sobre a derrota do time na final da Copa Libertadores, mas rapidamente reforçou o tom sério sobre as decisões econômicas.
Política monetária continuará restritiva até controle eficaz da inflação
Galípolo reafirmou que a política monetária vem surtindo efeito, porém de forma mais lenta do que o esperado. Conforme afirmou, não existem fatores novos que justifiquem a redução da taxa básica de juros na próxima reunião do Comitê de Política Monetária (Copom), marcada para 10 de outubro. “A política monetária deve seguir restritiva pelo tempo que for necessário para controlar a inflação”, destacou. Essa posição visa consolidar o compromisso do Banco Central com a estabilidade dos preços.
Impactos das tarifas dos EUA e aquecimento do mercado de trabalho no Brasil
Durante sua fala, o presidente do BC também comentou sobre as tarifas impostas pelo governo dos Estados Unidos sobre produtos brasileiros, apontando que “o ‘tarifaço’ será mais uma mudança no nível de preços do que um processo inflacionário em si”. Além disso, ressaltou que o mercado de trabalho brasileiro permanece aquecido, o que reforça a necessidade de uma postura conservadora e cautelosa na condução da política monetária para evitar pressões inflacionárias adicionais.
Perspectivas para a próxima reunião do Copom e mensagens ao mercado
Sem alterações previstas para a taxa Selic na reunião do Copom do dia 10 de outubro, Galípolo mantém um discurso consistente com decisões anteriores, focado no controle inflacionário. O presidente do Banco Central busca transmitir confiança ao mercado financeiro e aos agentes econômicos, destacando que a estabilidade monetária é prioridade, mesmo diante de desafios como a volatilidade nos preços internacionais e as pressões internas.
Contexto econômico e influência da política monetária na economia brasileira
O cenário de inflação persistente e o crescimento do mercado de trabalho influenciam as decisões do Banco Central. A taxa Selic elevada atua como instrumento para conter a demanda e controlar os preços, ainda que seus resultados levem tempo para se refletir integralmente na economia real. Galípolo demonstra consciência dessa dinâmica e reforça que a política monetária seguirá firme até que os indicadores econômicos mostrem evolução consistente rumo à estabilidade.
Fonte: www.moneytimes.com.br
Fonte: Campos Neto