Estudo revela como a doença se inicia e avança no cérebro humano
Pesquisadores observam pela primeira vez o gatilho do Parkinson no cérebro humano, revelando novas possibilidades de tratamento.
Cientistas conseguiram pela primeira vez observar o momento em que a doença de Parkinson sofre o gatilho inicial em um tecido cerebral humano. O estudo, realizado por pesquisadores da Universidade de Cambridge e outros institutos, analisa os oligômeros, que são considerados responsáveis pelo desenvolvimento da doença. Esta descoberta pode mudar a forma como entendemos e tratamos o Parkinson.
Números e indicadores do caso
A pesquisa utilizou a técnica ASA-PD (Detecção Avançada de Agregados para a Doença de Parkinson), que permite observar diretamente os oligômeros em tecido cerebral post-mortem. Amostras de cérebros de pacientes com Parkinson foram comparadas com amostras de indivíduos saudáveis, revelando que os oligômeros eram maiores e mais numerosos nos cérebros doentes.
Implicações da descoberta
Além de identificarem que uma subclasse de oligômeros estava presente apenas em pacientes de Parkinson, os pesquisadores acreditam que esses podem ser marcadores visíveis da doença anos antes dos sintomas aparecerem. Essa nova abordagem oferece um atlas das alterações proteicas no cérebro, podendo ser aplicada a outras doenças neurodegenerativas, como Alzheimer e Huntington.
Conclusão
Os resultados desse estudo abrem novas portas na pesquisa sobre Parkinson, permitindo uma melhor compreensão de como a doença se desenvolve e possibilitando avanços nos tratamentos futuros.