Gerdau enfrenta limites na competitividade contra aço chinês

Money Times

CEO destaca desafios e necessidade de ações governamentais

Gerdau (GGBR4) enfrenta desafios na competitividade contra o aço chinês, conforme revela o CEO Gustavo Werneck em teleconferência.

Na teleconferência de resultados realizada na tarde de 31 de março de 2023, o CEO da Gerdau (GGBR4), Gustavo Werneck, afirmou que a empresa chegou ao limite da busca por competitividade contra o aço chinês, que ocupa 30% do mercado brasileiro. Ele ressaltou que a companhia já reduziu sua capacidade e cortou turnos, mas que essas medidas não têm gerado os resultados esperados.

Medidas de defesa comercial

Werneck pediu ao governo mais ações de defesa comercial, afirmando que o presidente Luiz Inácio Lula da Silva é o único capaz de buscar soluções que conciliem os interesses do Brasil e uma boa relação comercial com a China. Ele mencionou que, devido ao excedente de produção na China e à desaceleração da demanda no país asiático, o aço chinês tem inundado o mercado brasileiro.

Impactos na indústria automotiva

O CEO também destacou que a indústria automotiva, que antes preferia o aço chinês por suas margens de lucro, agora também é atacada pela entrada de veículos do país asiático no Brasil. “Se nada for feito, teremos que repensar rotas de produção”, alertou Werneck, indicando que a competitividade com o aço subsidiado da China é uma preocupação crescente.

Conclusão e próximos passos

Werneck expressou preocupação com a possibilidade de reavaliação de investimentos no Brasil, especialmente em comparação com os Estados Unidos, que têm adotado medidas de proteção mais rigorosas. O governo brasileiro já implementou cotas de importação e taxas adicionais, mas as siderúrgicas consideram essas ações insuficientes e solicitam medidas mais duradouras para garantir a competitividade da indústria nacional.

PUBLICIDADE

VIDEOS

Relacionadas: