Gerdau, Usiminas e CSN: queda na produção de aço em 2026

Siderúrgicas brasileiras enfrentam desafios com produção e vendas

Siderúrgicas como Gerdau e Usiminas projetam queda na produção e vendas de aço para 2026.

As siderúrgicas brasileiras estão se preparando para um novo ano desafiador, com previsões de queda na produção de aço e nas vendas internas em 2026. A Aço Brasil, entidade que representa o setor, divulgou estimativas que indicam uma redução de 2,2% na produção de aço bruto, que deve totalizar 32,4 milhões de toneladas.

O cenário atual da siderurgia

O contexto atual da indústria siderúrgica no Brasil é marcado por dificuldades significativas. Em 2025, a produção esperada é de 33,1 milhões de toneladas, uma revisão para baixo em relação à previsão anterior de 33,6 milhões. No acumulado até novembro, o setor já registrou uma queda de 1,5% na produção em relação ao mesmo período de 2024, fortemente impactada pela concorrência do aço importado, especialmente da China, e pelas dificuldades de exportação devido à guerra comercial iniciada pelos Estados Unidos.

Expectativas de vendas e consumo

Além da produção, as vendas de aço no mercado interno também não devem ter um desempenho positivo. O Aço Brasil projeta uma queda de 1,7% para 2026, com vendas estimadas em 20,8 milhões de toneladas. Para 2025, a previsão já é de um recuo de 0,5%. Apesar das expectativas de queda nas taxas de juros, que atualmente estão em 15%, o setor ainda enfrenta desafios para financiar novos produtos, especialmente no setor automotivo.

Importação e mercado interno

O consumo aparente do aço, que inclui tanto as vendas internas quanto os produtos importados, deve crescer 1% em 2026, totalizando 27 milhões de toneladas. Para 2025, o crescimento esperado é de 2,4%, atingindo 26,74 milhões de toneladas. Essa situação reflete um aumento considerável na dependência de aço importado, com volumes atuais que superam em 168% a média de importações entre 2000 e 2019.

Desafios das tarifas e relações internacionais

As siderúrgicas estão também lidando com as tarifas impostas pelos Estados Unidos, que impactam diretamente suas operações. O Aço Brasil está em negociações para a renovação do acordo de cotas, que anteriormente beneficiou tanto o Brasil quanto os EUA. Marco Polo de Mello Lopes, presidente-executivo do Aço Brasil, destacou a importância de melhorar as relações entre os dois países para facilitar essa renovação e enfrentar os desafios atuais.

Este cenário complexo exige que as siderúrgicas brasileiras, como Gerdau, Usiminas e CSN, adotem estratégias eficazes para navegar em um mercado cada vez mais competitivo e desafiador.

Fonte: www.moneytimes.com.br

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