Avaliação de Zucco sobre a liderança na Câmara dos Deputados.

O deputado Zucco critica a gestão de Hugo Motta, afirmando que ele perdeu apoio em todas as frentes do Congresso.

O atual cenário político na Câmara dos Deputados apresenta um quadro de isolamento para o presidente Hugo Motta. O deputado Zucco, que recentemente deixou a liderança da oposição, não hesitou em afirmar que Motta perdeu a sustentação política entre os diversos campos do Congresso.

O panorama da oposição

Zucco expressou em entrevista que a situação de Motta é preocupante: “Hoje ele está queimado com a esquerda, com o centro e com a direita. Geralmente, um presidente pode tendenciar para uma área, mas atualmente ele não atendeu nenhuma das áreas, nem o Centrão está com ele”. Essa análise reflete um descontentamento generalizado com a gestão de Motta e levanta questões sobre sua capacidade de governar a Casa.

O ex-líder da oposição destacou que a condução de Motta foi marcada por descumprimentos de acordos, o que corrompeu a confiança de suas promessas feitas a diferentes bancadas. Com a transição do comando da oposição para Cabo Gilberto, Zucco fez uma avaliação crítica do mandato: “A Câmara saiu menor, muito em função também da sua gestão”.

A questão dos acordos

Um dos focos de discórdia foi o projeto de anistia relacionado aos eventos de 8 de Janeiro. Segundo Zucco, o compromisso estabelecido não envolvia a aprovação do projeto, mas sim sua inclusão na pauta do plenário. “A gente nunca pediu aprovação, a gente pediu que fosse ao plenário”, afirmou. Essa falta de cumprimento foi considerada por ele como desrespeitosa, tanto para a oposição quanto para os compromissos assumidos por Motta.

Diante desse contexto, o apoio da oposição para uma eventual reeleição de Motta não é garantido. Zucco deixou claro que qualquer negociação dependeria de compromissos concretos, especialmente em relação à pauta da anistia.

O futuro de Motta

A situação política de Motta se torna a cada dia mais incerta. Zucco acredita que, se a dinâmica atual persistir, a gestão poderá se tornar insustentável em 2026. “Quem quer contentar todo mundo não contenta ninguém”, afirmou, ressaltando que a tentativa de agradar a todos resultou em seu isolamento.

Contudo, o ex-líder da oposição também enfatizou que a política é dinâmica e que o futuro pode trazer novas oportunidades, desde que haja pautas concretas que possam ser discutidas. No momento, a falta de compromisso e a dificuldade em manter acordos parecem ser os principais obstáculos para Motta.