Organização de direitos humanos pede investigação sobre conduta do presidente da FIFA
Infantino enfrenta acusações por apoiar Trump e prêmio de paz concedido ao ex-presidente.
Gianni Infantino e as acusações de violação das regras da FIFA
Em meio a polêmicas, Gianni Infantino, presidente da FIFA, está sob investigação por supostas violações das regras da organização. A FairSquare, uma ONG de direitos humanos, encaminhou uma solicitação para a abertura de investigações, alegando que Infantino quebrou seu dever de neutralidade política ao apoiar publicamente Donald Trump. No centro da controvérsia está também um prêmio de paz concedido ao ex-presidente dos EUA, que gerou discussões sobre a postura política do líder da FIFA.
A controvérsia em torno do prêmio de paz
Infantino defendeu Trump em várias ocasiões, incluindo uma publicação em seu Instagram onde afirma que o ex-presidente “merece” o Prêmio Nobel da Paz. Além disso, durante a cerimônia de sorteio da Copa do Mundo de 2026, Infantino fez comentários elogiosos a Trump, reforçando a ideia de que ele é um exemplo de liderança. A atribuição desse prêmio a um líder político em exercício, segundo a FairSquare, representa uma violação clara das normas da FIFA que exigem neutralidade política de seus dirigentes.
Regras e possíveis consequências
De acordo com o código de ética da FIFA, uma violação das regras de neutralidade pode resultar em sanções que vão de advertências a suspensão de até dois anos. Contudo, a FIFA não confirmou se o caso está sob investigação, e sua comissão de ética se abstém de comentar sobre possíveis questões em andamento. A falta de clareza em relação à processualidade da ética da FIFA levanta preocupações sobre sua imparcialidade, especialmente após escândalos que cercaram a entidade nos últimos anos.
A relação com a Copa do Mundo de 2026
A aproximação da Copa do Mundo de 2026, que será co-sediada pelos EUA, Canadá e México, torna a situação ainda mais delicada. Essa competição promete gerar receitas significativas, estimadas em mais de $10 bilhões para a FIFA. Observadores notaram que a postura de Infantino em relação a Trump pode ser vista como um alinhamento estratégico com a política do governo dos EUA, o que pode influenciar a percepção pública da FIFA durante um evento de grande visibilidade como a Copa do Mundo.
Resumo das alegações de FairSquare
Na carta enviada pela FairSquare, o grupo questiona a transparência do processo que levou à criação do prêmio de paz e sugere que Infantino pode ter agido unilateralmente, sem a devida autoridade estatutária. A ONG já havia desafiado a FIFA em outras ocasiões, especialmente relacionadas à sua postura sobre direitos humanos, como no caso da Arábia Saudita como anfitriã da Copa do Mundo de 2034.
Conclusão
As alegações contra Gianni Infantino levantam questões cruciais sobre a ética na administração do futebol e a necessidade de um controle mais efetivo das ações dos líderes das organizações esportivas. A resposta da FIFA a essas alegações será observada de perto, especialmente no contexto das futuras competições internacionais e a crescente pressão por maior responsabilidade nas atividades de entidades esportivas.
Fonte: www.espn.com
Fonte: Agência


