Presidente da FIFA é acusado de violar normas de neutralidade política
Investigação sobre prêmios de FIFA a Trump levanta questões éticas e de neutralidade.
Gianni Infantino enfrenta investigação por polêmica com Donald Trump
Na última semana, o presidente da FIFA, Gianni Infantino, se tornou alvo de um pedido de investigação por suas ações em relação a Donald Trump, culminando na rápida criação do “Prêmio da Paz da FIFA”, apresentado ao ex-presidente dos EUA. Este prêmio gerou discussões acaloradas sobre a neutralidade política da FIFA e a ética no esporte, especialmente em tempos tão polarizados.
A organização FairSquare, conhecida por seu trabalho em advocacy de direitos humanos, protocolou uma queixa de oito páginas pedindo que a FIFA investigasse Infantino. A queixa indica que Infantino, ao apoiar publicamente a candidatura de Trump ao Prêmio Nobel da Paz e ao descrever o ex-presidente como “um amigo próximo”, violou as normas de neutralidade exigidas por sua posição.
A questão é particularmente delicada, considerando o papel da FIFA em contextos políticos e sociais. Infantino tem sido criticado por sua falta de imparcialidade, especialmente devido a suas ações que favorecem Trump e seu governo. “O engajamento do Sr. Infantino com o Presidente Trump deve ser fundamentado em sua obrigação de neutralidade, que exige que ele seja não-partidário em questões de política interna e externa dos EUA”, afirmou a FairSquare em sua queixa.
O impacto da polêmica na FIFA
A investigação proposta solicita que a FIFA reveja a legitimidade do processo de seleção de Trump para receber o prêmio. A defesa de Infantino sobre o ex-presidente, incluindo sua referência ao slogan da campanha “Make America Great Again”, é vista como um desvio da neutralidade que a FIFA deveria manter.
As repercussões podem ser significativas. O Comitê Independente de Ética da FIFA tem autoridade para impor penalidades que vão desde advertências a suspensões, dependendo das conclusões da investigação. A FairSquare também questiona se o Conselho da FIFA aprovou a criação do prêmio, algo que deveria ser de acordo com os estatutos da própria organização.
Infantino, que há muito tempo é uma figura controversa no futebol internacional, foi acusado de agir unilateralmente ao introduzir o prêmio, surpreendendo até mesmo seus principais colaboradores. O evento de entrega do prêmio ocorreu durante o sorteio da Copa do Mundo, o que adiciona um elemento de grandiosidade à questão e coloca a FIFA sob um novo nível de escrutínio público.
Críticas e reações ao prêmio
Críticas ao prêmio não vieram apenas de organizações de defesa de direitos humanos. O Human Rights Watch também se manifestou, destacando que o prêmio parecia não ter candidatos, critérios definidos, juízes ou um processo estabelecido. A falta de transparência nesse novo prêmio levanta preocupações sobre a verdadeira intenção da FIFA e a integridade de sua governança.
Além disso, o evento onde o prêmio foi concedido, realizado no prestigioso Kennedy Center, e que contou com a presença de Trump, teve um custo de 7,4 milhões de dólares cobertos por doações e patrocínios. Isso também levanta questões sobre a proximidade entre a FIFA e figuras políticas, além do impacto potencial que essa relação pode ter no futuro do futebol.
A FIFA não respondeu imediatamente a solicitações de comentários sobre a investigação e as preocupações levantadas por vários grupos. À medida que a investigação avança, tanto o futuro de Infantino quanto a reputação da FIFA estarão sob intenso exame público.
Conclusão
Em tempos em que o futebol tenta se distanciar de controvérsias políticas, as ações de Infantino suscitam um debate sobre a ética no esporte e o papel das organizações esportivas em garantir um ambiente justo e livre de influências externas. O resultado dessa investigação poderá não apenas impactar a carreira de Infantino, mas também redefinir a relação entre a FIFA e a política mundial.
Fonte: www.thedailybeast.com
Fonte: Donald Trump


