Gleisi defende fim da escala 6×1 e critica apenas redução da jornada

VINÍCIUS SCHMIDT/METRÓPOLES @vinicius.foto

Ministra das Relações Institucionais ressalta a importância do tempo para os trabalhadores

A ministra Gleisi Hoffmann reafirmou a necessidade de abolir a escala 6×1 em defesa do bem-estar dos trabalhadores.

Gleisi Hoffmann e o fim da escala 6×1

Em uma coletiva realizada no dia 2 de dezembro de 2025, a ministra das Relações Institucionais, Gleisi Hoffmann, reafirmou a posição do governo federal sobre o “fim da escala 6×1”. Essa pauta, que vem sendo discutida há meses, é vista como uma resposta a diversas críticas sobre as condições de trabalho no Brasil. Para Gleisi, a proposta vai além da simples redução da jornada de trabalho; é necessário garantir que os trabalhadores tenham tempo para si mesmos e para suas famílias.

O compromisso do governo

Gleisi enfatizou que “há vida além do trabalho” e que a proposta do governo visa, entre outras coisas, limitar a jornada a um máximo de 40 horas semanais. “A média atual é de cerca de 39,8 horas”, explicou a ministra, argumentando que o fim da escala 6×1 permitirá que os trabalhadores tenham um equilíbrio maior entre a vida pessoal e profissional.

Propostas em debate

Durante a coletiva, o deputado Luiz Gastão (PSD-CE) apresentou um projeto que propõe a redução da jornada para 40 horas semanais, mas mantém a escala de 6×1. Gleisi e outros integrantes do governo, incluindo o ministro da Secretaria-Geral da Presidência, Guilherme Boulos, afirmaram que essa abordagem não atende às necessidades reais dos trabalhadores.

“O governo foi surpreendido por esse relatório”, destacou Boulos, referindo-se à proposta que não inclui o fim da escala. Ele também reiterou que a proposta de abolir a escala de 6×1 é uma bandeira defendida pelo presidente Lula e que será continuada no parlamento e em outras esferas da sociedade.

A importância do lazer e do tempo livre

Um dos pontos centrais levantados por Gleisi é a necessidade de “tempo livre” para os trabalhadores, afirmando que não adianta apenas discutir sobre reduzir a carga horária sem considerar a qualidade de vida. Em sua fala, ela destacou que o governo está comprometido em avançar com a proposta que busca garantir que os trabalhadores tenham um dia a mais de descanso semanal.

Além da ministra, importantes vozes políticas, como os deputados Reginaldo Lopes (PT) e Daiana Santos, e o senador Paulo Paim, participaram da discussão, reafirmando a necessidade de uma mudança verdadeira nas condições de trabalho. A deputada Érika Hilton, que também esteve presente, é autora de uma Proposta de Emenda à Constituição (PEC) que visa garantir ao trabalhador um descanso semanal adequado.

O futuro do trabalho no Brasil

A luta por condições de trabalho justas e humanas está em plena discussão no Brasil. O debate sobre a escala 6×1 não é apenas uma questão de legislação trabalhista, mas de direitos humanos e dignidade para todos os trabalhadores. Acredita-se que o avanço nesse processo é crucial para garantir uma qualidade de vida melhor e um ambiente de trabalho mais saudável.

Neste contexto, o governo federal reafirma seu compromisso com a luta pelos direitos dos trabalhadores, buscando não apenas a redução da jornada, mas uma verdadeira reestruturação das jornadas de trabalho que respeitem a vida e o bem-estar de cada cidadão.

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