Ministra aponta aliança entre Bolsonaro e Centrão como causa da aprovação
Gleisi Hoffmann critica a aprovação do PL da dosimetria, chamando-o de "grave retrocesso".
Gleisi Hoffmann critica aprovação do PL da dosimetria
A ministra de Relações Institucionais do Brasil, Gleisi Hoffmann, se manifestou contra a aprovação do PL da dosimetria na Câmara dos Deputados na madrugada de 10 de dezembro de 2025. Este projeto visa aliviar as penas para aqueles condenados por envolvimento na trama golpista e nos acontecimentos de 8 de janeiro. Para Hoffmann, a proposta constitui um “grave retrocesso” para as instituições democráticas do país.
Contexto da aprovação e críticas
A aprovação do PL ocorreu em meio a uma tumultuada sessão, que incluiu a retirada à força do deputado Glauber Braga (PSol-RJ) da Mesa Diretora. Gleisi criticou não apenas o conteúdo da lei, mas também as agressões sofridas por parlamentares e jornalistas durante a votação, apontando para uma crise no ambiente legislativo.
Além disso, a ministra destacou que a aliança entre a família do ex-presidente Jair Bolsonaro e líderes do Centrão foi um fator determinante para a aprovação do PL. O texto agora seguirá para o Senado, onde deve enfrentar novos debates e críticas. “Este é o resultado de interesses políticos entre a família Bolsonaro e os caciques da oposição ao governo. E quem vai pagar o preço dessa grande chantagem é o país, nossas instituições e nossa democracia, mais uma vez, ameaçada pelo golpismo”, afirmou Gleisi.
Repercussões no cenário político
A aprovação do PL da dosimetria gerou reações adversas em diversos setores da sociedade. Críticos do governo afirmam que a medida enfraquece a aplicação da lei e premia comportamentos antidemocráticos. A ministra Hoffmann também mencionou que a redução das penas pode afetar diretamente a percepção pública sobre a justiça e a accountability no Brasil, especialmente entre aqueles que esperam ver punições severas para os responsáveis por atos violentos contra a democracia.
O relator do projeto, deputado Paulinho da Força (Solidariedade-SP), confirmou que a proposta poderá reduzir a pena do ex-chefe do Executivo de regime fechado para cerca de 2 anos e 4 meses. Este detalhe tem gerado ainda mais polêmica e debate entre os opositores das medidas legais atuais. Para muitos, a flexibilização das penas é vista como um sinal de tolerância com ações golpistas e um convite a mais desordem no cenário político.
O futuro do PL da dosimetria
Com o projeto agora seguindo para o Senado, as expectativas estão altas em relação ao seu desfecho. Gleisi Hoffmann e outros parlamentares da base governista prometem continuar lutando contra o que consideram ser uma ameaça à democracia. A questão permanece no centro das atenções, e debates acalorados são esperados nas próximas sessões legislativas. A pressão pública também deverá aumentar, com cidadãos e organizações da sociedade civil exigindo uma postura firme contra o PL da dosimetria.
Por fim, a ministra apela para o engajamento da sociedade no acompanhamento das discussões e votações sobre essa legislação, que pode ter impactos significativos para o futuro do Brasil.’


