Ministra das Relações Institucionais expressa preocupações sobre segurança pública
A ministra Gleisi Hoffmann criticou a criação do ‘Consórcio da Paz’ por governadores de direita, alertando sobre riscos de intervenção militar.
Gleisi Hoffmann critica criação do consórcio da paz
Em 31 de outubro de 2025, no Rio de Janeiro, a ministra das Relações Institucionais, Gleisi Hoffmann, manifestou sua crítica ao ‘Consórcio da Paz’ formado por governadores de direita, liderados por Cláudio Castro. Segundo Gleisi, essa iniciativa busca colocar o Brasil no radar do intervencionismo militar de Donald Trump, atual presidente dos Estados Unidos.
Uso político da segurança pública
A ministra afirmou que ao invés de unir esforços para combater o crime organizado, como propõe a PEC da Segurança enviada pelo presidente Lula ao Congresso, os governadores estão promovendo divisão política. “Segurança pública é uma questão muito importante, que não pode ser tratada com leviandade e objetivos eleitoreiros”, ressaltou Gleisi. A crítica se intensificou após a megaoperação policial realizada no dia 28 de outubro, que deixou mais de 100 mortos entre suspeitos e agentes de segurança.
Contexto da operação nas comunidades
A Operação Contenção, que reuniu 2.500 agentes e teve como alvo integrantes do Comando Vermelho, resultou em um saldo controverso: enquanto o governo fluminense registrou 121 mortes, a Defensoria Pública contabilizou 132 vítimas. A reunião que formalizou o consórcio contou com a presença de governadores de diferentes estados, incluindo Romeu Zema (Novo-MG) e Ronaldo Caiado (União Brasil-GO), destacando a necessidade de cooperação entre as forças de segurança.
Reflexões sobre a segurança pública
Gleisi Hoffmann enfatizou que combater o crime exige inteligência e planejamento, e não uma abordagem que favoreça interesses políticos. Sua manifestação reflete uma preocupação crescente sobre como a segurança pública está sendo administrada e as implicações de políticas que podem levar a um aumento da intervenção estrangeira na América Latina.