Ministra aguarda quinta versão do projeto enquanto discussões prosseguem entre líderes
Gleisi Hoffmann se reuniu com Hugo Motta para discutir o PL Antifacção, aguardando uma nova versão do projeto.
Gleisi Hoffmann discute PL Antifacção em reunião com Hugo Motta
No dia 17 de novembro de 2025, a ministra das Relações Institucionais, Gleisi Hoffmann, se reuniu com o presidente da Câmara, Hugo Motta, para discutir o Projeto de Lei (PL) Antifacção. Durante o encontro, que ocorreu no gabinete de Motta, Gleisi destacou que ainda não há um acordo sobre o projeto, mas manifestou sua expectativa de que o relator, Guilherme Derrite, apresente uma nova versão do relatório.
A reunião acontece em um cenário de resistência por parte de líderes partidários, que têm manifestado preocupações sobre a tramitação do PL. Motta, por sua vez, confirmou que o projeto será colocado em análise na terça-feira (18/11), o que indica que as discussões sobre o tema estão em andamento e que o governo está preparado para dialogar sobre a matéria. Gleisi enfatizou a importância desse projeto, que foi discutido por seis meses e elaborado com a participação de especialistas e técnicos.
Desafios na tramitação do PL Antifacção
Durante a reunião, Gleisi Hoffmann ressaltou que, apesar da complexidade do projeto, o governo está disposto a participar da discussão e a buscar um entendimento. “O importante é vocês saberem que esse projeto que veio para cá foi discutido e gestado com consultas a vários técnicos e pessoas especializadas. Temos muita segurança daquilo que defendemos”, afirmou ela, enfatizando a necessidade de um debate aprofundado.
Um dos principais pontos que geram discordância entre o governo e a oposição é o trecho do projeto que trata da destinação de fundos à Polícia Federal (PF). A oposição, liderada por alguns deputados, tem argumentado a favor de alterações que equiparam facções a organizações terroristas, o que, segundo Gleisi, pode ser prejudicial ao país.
Divergências entre governo e oposição
Gleisi criticou a insistência da oposição em incluir essa equiparação no texto, afirmando que isso não é apropriado. O líder do PL na Câmara, Sóstenes Cavalcante, sinalizou que, caso o relator não inclua o trecho em uma nova versão do relatório, o partido apresentará um destaque para votar a proposta separadamente.
“Está muito claro que essa questão do terrorismo é prejudicial ao país. Então, a oposição vai de novo fazer isso?”, questionou a ministra, referindo-se aos desdobramentos das ações políticas em curso e à necessidade de um entendimento que beneficie o Brasil.
Próximos passos e expectativas
Com a reunião agendada para a manhã de terça-feira, onde estarão presentes Gleisi, o ministro da Justiça, Ricardo Lewandowski, o relator Guilherme Derrite e o líder do governo na Câmara, José Guimarães, as expectativas são de que um novo diálogo seja estabelecido para tratar dos pontos divergentes do PL Antifacção. O governo continua a se preparar para discutir cada aspecto da proposta e influenciar a decisão final da Câmara sobre a matéria.
A tramitação deste projeto é vista como crucial para o governo, que busca resolver questões relacionadas à segurança pública e ao combate ao crime organizado no Brasil, e as discussões em torno dele devem continuar a se intensificar nas próximas semanas.