Recomendações foram divulgadas com preços-alvo para ambas as empresas
Goldman Sachs recomenda compra das ações da Auren com preço-alvo de R$ 13,50 e venda das ações da Engie com preço-alvo de R$ 38.
O Goldman Sachs iniciou a cobertura das ações da Auren (AURE3) com recomendação de compra e preço-alvo de R$ 13,50, e da Engie Brasil (EGIE3) com recomendação de venda e preço-alvo de R$ 38. Às 11h57, AURE3 subia 4,34%, a R$ 10,58, enquanto EGIE3 tinha valorização de 0,75%, a R$ 40,45.
Recomendação e expectativas
O banco também reiterou a Eletrobras (ELET3) como sua principal escolha entre as geradoras de energia e uma das preferidas no setor de utilities, ao lado de Copel (CPLE6), Equatorial (EQTL3) e Sabesp (SBSP3). A assimetria da tese segue favorável para o lado positivo, de acordo com analistas.
Projeções de preços de energia
O relatório do Goldman projeta que os preços da energia devem ser de R$ 220 por Megawatts-hora (MWh) entre 2026 e 2028 e R$ 200 MWh a partir daí, em termos reais. Essa estimativa é 9% superior à curva futura média dos próximos cinco anos, mas ainda 20% a 50% abaixo dos preços de energia da Europa e dos Estados Unidos.
Auren: oportunidades e desafios
A Auren oferece uma exposição atrativa aos preços de energia no longo prazo, mesmo com a maior parte da geração de curto prazo já contratada via PPAs (acordos de compra de energia). O retorno real sobre o capital estimado é de 14,3%, com potencial de valorização relevante. No entanto, existe espaço limitado para pagamento de dividendos no curto prazo, devido à alavancagem de cerca de 5 vezes dívida líquida/EBITDA, embora haja expectativa de forte geração de caixa livre nos próximos dois anos.
Engie: avaliação e perspectivas
Para a Engie, a recomendação de venda reflete uma avaliação considerada esticada, com retorno real estimado em 7,9%. O Goldman aponta que há pouco espaço para aumento de dividendos em 2026, após anos de investimentos robustos em projetos de energia renovável. Contudo, preços de energia acima das projeções atuais poderiam gerar potencial de valorização adicional para a ação.
