Governador do Rio justifica 117 mortes em operação policial

Philippe Lima/Divulgação

Castro afirma que vítimas são "opositores neutralizados" em ofício ao STF

O governador Cláudio Castro afirmou que 117 das 121 mortes na operação policial no Rio de Janeiro são "opositores neutralizados" em ofício ao STF.

Em 3 de novembro de 2025, o governo do Rio de Janeiro enviou um ofício ao ministro Alexandre de Moraes, do Supremo Tribunal Federal (STF), com esclarecimentos sobre a megaoperação deflagrada nos complexos da Penha e do Alemão, na zona norte do Rio de Janeiro, no dia 28 de outubro. O governador Cláudio Castro (PL) afirmou que 117 das 121 mortes resultantes da operação são “opositores neutralizados”.

A operação e suas consequências

Durante a ação, que visava o Comando Vermelho, quatro policiais também perderam a vida. Castro teve que prestar esclarecimentos a Moraes, que é o relator da Arguição de Descumprimento de Preceito Fundamental (ADPF) 635, que monitora ações policiais no estado. Além dos policiais mortos, quatro civis e 13 agentes de segurança ficaram feridos. O governador justificou que os criminosos usavam vestes camufladas e armas de grosso calibre, dificultando a identificação durante a ação.

Justificativas e comparações

Para justificar a operação, Castro fez uma comparação entre a ação policial e campanhas militares, argumentando que é necessário buscar a superioridade sobre o oponente para proteger as forças próprias e a população civil. Ele destacou que a operação foi planejada com antecedência, dada a complexidade do cenário.

Reação e investigação

Moraes, após a operação, exigiu explicações e organizou uma audiência no Centro Integrado de Comando e Controle (CICC) do Rio de Janeiro. A atuação de milícias nas favelas também será alvo de investigações pela Polícia Federal, conforme informado por líderes políticos. O governo enfrenta pressão para esclarecer os detalhes da operação, que se tornou a mais letal da história do estado.

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