Crise no RJ acirra disputas políticas entre estados e governo federal
Governo federal critica união de governadores de direita, acusando tentativa de dividir o Brasil e incitar intervenção estrangeira.
Em 30 de setembro de 2023, após uma operação policial no Rio de Janeiro que resultou em 121 mortes, integrantes do governo federal criticaram a união de governadores de direita, acusando-os de tentarem dividir o país e incitar intervenção estrangeira. A crise no estado serviu como pano de fundo para uma série de ataques ao governo Lula, com a criação do “Consórcio da Paz” por parte dos governadores.
Críticas ao consórcio e suas motivações
A ministra Gleisi Hoffmann (Secretaria de Relações Institucionais) afirmou que os governadores que agora se unem foram contra a PEC da Segurança, enviada pelo Executivo ao Congresso, que prevê constitucionalizar o Susp (Sistema Único de Segurança Pública). Em suas redes sociais, ela comentou: “Ao invés de somar forças no combate ao crime organizado, os governadores da direita investem na divisão política”.
Desdobramentos da operação policial
A megaoperação no Rio de Janeiro gerou uma disputa de narrativas entre o governo estadual e o federal, com críticas mútuas e a percepção de que a segurança pública será uma pauta central nas eleições de 2026. O ministro Guilherme Boulos, da Secretaria-Geral da Presidência, chamou a iniciativa dos governadores de “consórcio antipatriótico”, argumentando que eles usam a crise para fazer demagogia eleitoral.
Debate legislativo e possíveis consequências
Na Câmara dos Deputados, há discussões sobre um projeto de lei que equipara facções criminosas a grupos terroristas, o que pode abrir espaço para intervenções estrangeiras no Brasil. A proposta enfrenta resistência e é vista como uma ameaça à soberania nacional. Parlamentares governistas expressam preocupação com os desdobramentos dessa iniciativa, especialmente em um momento de tensão política crescente.


