GPA (PCAR3) avança nas negociações para venda de participação na financeira FIC

A varejista busca desinvestir em sua participação na FIC após proposta do Itaú

GPA confirma negociações para vender sua participação na financeira FIC após proposta do Itaú.

GPA (PCAR3) inicia negociações para venda de participação na financeira FIC

O GPA (PCAR3), conhecido por controlar a rede de supermercados Pão de Açúcar, confirmou nesta sexta-feira (21) que está em negociações com os acionistas da financeira FIC para a venda de sua participação na empresa. A movimentação ocorre após o portal Pipeline, do Valor Econômico, informar que o Itaú (ITUB4) apresentou uma proposta de compra da fatia da varejista.

Proposta do Itaú e detalhes da negociação

O Itaú estaria disposto a pagar aproximadamente R$ 300 milhões pela participação do GPA na FIC, e o anúncio oficial pode ocorrer nos próximos dias. O GPA ressaltou que as conversas envolvem acionistas diretos e indiretos da FIC, porém não firmou nenhum instrumento vinculante até o momento.

É importante lembrar que o Itaú já é sócio da financeira FIC, que também conta com a participação das varejistas Casas Bahia e Assaí em seu quadro acionário. A operação foi inicialmente desenhada quando as três empresas pertenciam ao mesmo grupo. Contudo, com as recentes mudanças societárias e estratégicas, a operação vem sendo revisada ao longo do último ano.

Impactos da venda no GPA

Com a possível venda da participação na FIC, o GPA deverá buscar uma nova instituição para operar seu balcão financeiro. A varejista também se comprometeu a manter o mercado e seus acionistas informados sobre qualquer evolução significativa nas negociações.

No início de novembro, o GPA anunciou um plano robusto para reduzir custos e despesas a partir de 2026. A companhia pretende limitar os investimentos a um intervalo de R$ 300 milhões a R$ 350 milhões, um valor significativamente inferior aos R$ 693 milhões investidos nos 12 meses encerrados em setembro deste ano.

Estratégias de redução de custos

O plano também abrange uma redução de pelo menos R$ 415 milhões nas despesas operacionais em comparação com as estimativas para o final de 2025. Rafael Russowski, diretor financeiro do GPA, comentou em uma apresentação aos analistas sobre os resultados do terceiro trimestre (3T25) que os cortes de custos serão realizados em três grandes blocos: demissões, reduções de consumo e otimização de escopo.

Segundo Russowski, a estrutura do grupo estava considerada “inchada” e já vinha passando por um processo de enxugamento. Entre julho e setembro deste ano, o GPA reportou um lucro líquido de R$ 137 milhões, revertendo um prejuízo de R$ 310 milhões no mesmo período de 2024, o que demonstra um esforço significativo de recuperação financeira.

Fonte: www.moneytimes.com.br

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