Congressista ressalta coragem das vítimas e critica ataque do ex-presidente

Marjorie Taylor Greene defende sobreviventes de Epstein após ataques de Trump.

Marjorie Taylor Greene defende sobreviventes de Epstein

Na última terça-feira, 3 de outubro, a congressista Marjorie Taylor Greene, da Georgia, destacou a coragem dos sobreviventes de Jeffrey Epstein em uma coletiva de imprensa no Capitólio. Ela respondeu a críticas do ex-presidente Donald Trump, que a chamou de ‘traidora’ por seu apoio à liberação de arquivos do Departamento de Justiça relacionados a Epstein. Greene afirmou que essas mulheres enfrentaram uma luta horrenda e merecem apoio e reconhecimento.

Greene, acompanhada pelos representantes Ro Khanna e Thomas Massie, enfatizou a importância de dar voz às sobreviventes e criticou a abordagem do governo em relação aos arquivos de Epstein. “Essas mulheres têm lutado contra as figuras mais poderosas do mundo, e nós, hoje, estamos aqui para garantir que suas vozes sejam ouvidas”, disse ela.

O contexto da controvérsia

A relação entre Trump e Epstein, que foi um conhecido financiador e condenado por abuso sexual, adiciona uma camada de complexidade à situação. Trump, que anteriormente era amigo de Epstein, descreveu a controvérsia em torno da liberação dos arquivos como um ‘hoax’. No entanto, ele recentemente alterou sua posição e pediu aos republicanos da Câmara para apoiá-la. Greene, no entanto, não se deixou intimidar pelas críticas do ex-presidente e reafirmou seu compromisso com as vítimas.

“Eu nunca lhe deitei nada, mas lutei por ele e pelos interesses da América”, declarou Greene, destacando que seu apoio às vítimas de Epstein não deveria ser visto como uma traição, mas como um ato de coragem.

O impacto do apoio bipartidário

A coletiva de imprensa também foi uma oportunidade para Greene agradecer a Khanna e Massie pela colaboração em um tema que transcende as divisões partidárias. “É hora de cruzarmos a lacuna política que se tornou maior do que o Grande Cânion”, afirmou ela, referindo-se à necessidade de um esforço conjunto para abordar questões de abuso e justiça.

A votação da Câmara sobre a liberação dos arquivos de Epstein é um passo importante e, como Greene indicou, a verdadeira prova será se o Departamento de Justiça realmente disponibilizará os documentos após a votação. A pressão pública e o apoio bipartidário podem desempenhar um papel crucial na determinação do sucesso dessa iniciativa.

O que vem a seguir

Com a votação agendada, as expectativas estão altas tanto para os defensores das vítimas quanto para aqueles que buscam respostas sobre o caso Epstein. A pressão sobre o governo para liberar os arquivos pode aumentar, especialmente à medida que mais informações sobre o escândalo emergem. Greene e seus aliados estão determinados a garantir que a luta pelas vítimas continue, independentemente das pressões políticas em jogo.

O apoio contínuo às vítimas de Epstein e a luta pela justiça são temas que ressoam profundamente na sociedade americana, refletindo um desejo crescente de responsabilização e transparência em casos de abuso. A expectativa agora é se o Congresso irá atender a esse clamor e se as vozes das sobreviventes finalmente serão ouvidas.

Fonte: www.pbs.org