Greve dos caminhoneiros: mobilização pode afetar o país nesta quinta

A paralisação marcada para hoje envolve pautas políticas controversas entre os motoristas.

A greve dos caminhoneiros desta quinta-feira (4) gera polêmica e divisão entre os profissionais do setor.

Greve dos caminhoneiros programada para hoje pode afetar o país

A greve dos caminhoneiros marcada para esta quinta-feira (4) gera polêmica e pode impactar o país. Desde seu anúncio, a mobilização enfrenta divisões entre os profissionais do transporte rodoviário. Apesar da força nas redes sociais, as reivindicações políticas têm causado resistência entre lideranças tradicionais do setor.

O documento que convoca a paralisação inclui 18 demandas, como a anistia total aos condenados pelos atos de 8 de janeiro, além de mudanças no serviço público e no Supremo Tribunal Federal (STF). Segundo integrantes da categoria, essas bandeiras não atendem às necessidades reais dos caminhoneiros. Luciano Régis, uma das lideranças catarinenses, ressaltou: “Não acho justo usarem a categoria para resolver um problema que é de toda a sociedade”.

Prioridades da categoria ficam em segundo plano

As pautas diretamente ligadas ao transporte, como a revisão do Marco Regulatório, a manutenção do piso mínimo para 9 eixos e a isenção de pesagem, têm ficado ofuscadas por reivindicações de cunho político. Essa diluição das demandas essenciais diminui sua visibilidade nas convocações virtuais que têm circulado.

No cenário atual, líderes da categoria expressam que a falta de organização pode enfraquecer o movimento. Hemerson Galdim, presidente da Sindconpetro-PB, mencionou: “Uma greve precisa de assembleia, discussão e definição das pautas. Nada disso ocorreu. Tudo surgiu de repente e com tom político”.

Divisão entre entidades e figuras políticas

Buscando respaldo jurídico para a paralisação, Chicão Caminhoneiro, da União Brasileira dos Caminhoneiros, anunciou planos de protocolar uma ação ao lado do desembargador aposentado Sebastião Coelho. Essa iniciativa ganhou algum suporte entre políticos de direita, mas não obteve adesão unânime.

O deputado Zé Trovão (PL-SC), que liderou atos em 2021, manifestou sua oposição. “Isso pode agravar a situação do presidente Bolsonaro”, advertiu. Outro influente na cena, Wallace “Chorão”, da Abrava, também se posicionou contra a mobilização, pedindo cautela e lembrando as consequências que uma greve pode causar no abastecimento e em serviços essenciais do país.

Mobilização nas redes sociais

Apesar das divisões e da falta de consenso, a convocação para a greve continua a ganhar força nas redes sociais. Se a mobilização se intensificar de última hora, a paralisação pode realmente afetar o Brasil de forma significativa, similar à greve de 2018 que paralisou o país e gerou desabastecimento em diversas áreas. Os caminhoneiros agora enfrentam um dilema: proceder com a paralisação ou negociar demandas que possam realmente beneficiar a categoria.

Fonte: baccinoticias.com.br

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