Trabalhadores protestam por salários atrasados e condições precárias.
Greve de rodoviários no Rio de Janeiro afeta 24 linhas de ônibus e gera transtornos para os passageiros.
A manhã tumultuada no Rio de Janeiro
A Greve de rodoviários paralisou 24 linhas de ônibus na manhã de 22 de dezembro de 2025, afetando a vida de milhares de passageiros na cidade. Cerca de 1.300 trabalhadores das empresas Vila Isabel e Real decidiram cruzar os braços em protesto por atrasos salariais e condições de trabalho insustentáveis. Essa é a segunda paralisação da categoria em três meses, refletindo um padrão de insatisfação crescente entre os rodoviários.
Motivos da paralisação
Os rodoviários denunciam uma série de problemas que vão além dos salários atrasados. Entre as queixas estão a falta de pagamento do vale-alimentação, férias vencidas desde outubro, ausência de depósitos do FGTS e do INSS, e demissões sem o devido acerto rescisório. Além disso, o sindicato aponta a retenção indevida de valores de pensões alimentícias e empréstimos, cortes no plano odontológico e péssimas condições da frota de ônibus, que carece de manutenção.
Os manifestantes realizaram atos em diversas localidades, como a Central do Brasil e no Terminal Gentileza, exigindo a regularização de sua situação trabalhista. A liderança do movimento declarou que a greve será por tempo indeterminado, com retorno às atividades apenas após a quitação dos débitos.
Impacto no transporte público
Diante dessa situação, a Secretaria Municipal de Transportes foi acionada para reforçar a frota de outras viações e garantir a continuidade do serviço. A Prefeitura do Rio, em resposta à greve, afirmou que os repasses de subsídios estão regulares, caracterizando a situação como um conflito entre a iniciativa privada e seus trabalhadores.
A crise no transporte rodoviário
A crise enfrentada pelas viações Vila Isabel e Real não é novidade. Relatórios recentes indicam uma drástica redução da frota e veículos operando em condições precárias. O estado crítico do transporte rodoviário no Rio foi evidenciado em um episódio grave em novembro, quando um ônibus de uma das empresas pegou fogo dentro do Túnel Rebouças. Essa situação levanta preocupações sobre a segurança dos passageiros e o futuro do sistema de transporte na capital fluminense.
A greve dos rodoviários é um sinal claro de que a situação precisa de atenção urgente, tanto por parte das empresas quanto das autoridades responsáveis pela gestão do transporte público no Rio de Janeiro.
Fonte: jovempan.com.br



