Novo subclado não apresenta aumento de gravidade na doença.
Brasil confirma caso do subclado K da gripe; monitoramento continua.
O crescimento da circulação do vírus influenza A (H3N2) no Brasil, levando à confirmação do subclado K, gerou atenção do Ministério da Saúde. Essa nova variante, identificada em amostras do estado do Pará, não apresenta aumento na gravidade da doença, conforme afirmações do órgão, que reforça o padrão sazonal da gripe.
Situação da influenza no Brasil
O Brasil está em alerta com o aumento das internações por Influenza A em várias regiões, especialmente no Norte, Nordeste e Sul. Em contrapartida, o Sudeste apresenta uma tendência de queda nas hospitalizações. O informe de vigilância epidemiológica, divulgado em 12 de dezembro de 2025, destaca que o subclado K é uma variação genética do H3N2, que já era conhecido e responsável por surtos sazonais em anos anteriores.
Alerta da Opas e da OMS
A Organização Pan-Americana da Saúde (Opas) e a Organização Mundial da Saúde (OMS) emitiram alertas sobre a possibilidade de uma temporada de gripe mais intensa em 2026, com o aumento da circulação do vírus. Desde agosto de 2025, um crescimento significativo do subclado J.2.4.1, também conhecido como subclado K, foi observado globalmente, embora não haja evidências de aumento de casos graves ou internações em UTI até o momento.
Vírus sofre mutações constantes
Especialistas ressaltam que o vírus influenza passa por mutações frequentes, um processo conhecido como deriva genética. Renato Kfouri, pediatra e infectologista, explica que mesmo aqueles que tiveram gripe recentemente estão em risco de infecção, já que entre 15% e 20% da população mundial é afetada pelo vírus anualmente. O subclado K, embora favoreça a transmissão, não representa uma nova cepa do vírus.
Vacinação segue como principal prevenção
Diante desse cenário, o Ministério da Saúde enfatiza a vacinação como a principal estratégia de prevenção contra casos graves de gripe, internações e mortes, especialmente entre populações vulneráveis como idosos, crianças, gestantes e pessoas com comorbidades. Dados preliminares indicam que a vacina oferece uma proteção significativa, variando entre 70% e 75% em crianças e 30% a 40% em adultos, mesmo com variações genéticas dos vírus circulantes.
O governo brasileiro continua a monitorar a circulação do vírus e suas variantes, alinhando suas medidas às diretrizes da Opas e da OMS, com o objetivo de garantir a saúde pública e reduzir a incidência da gripe no país.
Fonte: baccinoticias.com.br



