Executiva da farmacêutica britânica prevê injeção de US$ 30 bilhões no país até 2030.

GSK planeja investir US$ 30 bilhões nos EUA até 2030.

O investimento da GSK nos Estados Unidos

A GSK, uma das maiores farmacêuticas do Reino Unido, anunciou que planeja investir impressionantes US$ 30 bilhões nos Estados Unidos até 2030. Essa declaração foi feita por Dame Emma Walmsley, a atual CEO da companhia, em uma entrevista concedida em Londres. Ela salientou que o país norte-americano continua sendo o principal mercado mundial para lançamentos de novos medicamentos e vacinas, destacando a importância do investimento para o crescimento da empresa.

Desafios no mercado britânico

Apesar das intenções anunciadas, o cenário na Grã-Bretanha é complexo. Diversas empresas do setor farmacêutico têm reconsiderado seus planos no Reino Unido devido a frustrações em relação aos orçamentos do NHS e pressões políticas. Recentemente, a Merck, uma grande companhia farmacêutica dos EUA, cancelou um plano de expansão de £1 bilhão em suas operações no Reino Unido. Outras empresas, como a AstraZeneca, também estão mudando o foco de seus investimentos para o mercado americano, o que levanta preocupações sobre a competitividade da Grã-Bretanha como um centro de inovações em ciências da vida.

Acordo com o NHS

Um ponto positivo para a GSK foi a formalização de um novo acordo para eliminar tarifas sobre medicamentos britânicos exportados para os EUA. Este acordo, que implica um aumento nos custos dos medicamentos para o NHS, visa garantir a competitividade do mercado britânico. Walmsley considerou essa mudança como um avanço significativo, que pode reverter a tendência de queda do orçamento do NHS destinado a medicamentos, que tem sido cada vez menor em comparação a outros sistemas de saúde ao redor do mundo.

Inovação e saúde no Reino Unido

Walmsley também abordou a necessidade de inovação no setor farmacêutico, citando exemplos de novos tratamentos desenvolvidos pela GSK, como um novo medicamento para asma que promete reduzir em 70% as internações hospitalares. A executiva acredita que o sucesso desta inovação pode ser facilitado pelo novo acordo com o NHS.

Desigualdades na saúde

Em sua análise sobre a saúde no Reino Unido, Dame Emma destacou as desigualdades significativas nos resultados de saúde entre diferentes regiões. Segundo ela, a expectativa de vida pode variar até 15 anos dependendo do código postal. Questões como dietas inadequadas e a falta de educação em nutrição foram apontadas como fatores críticos a serem abordados.

A experiência de saúde no Reino Unido e nos EUA

Walmsley compartilhou sua experiência pessoal com os sistemas de saúde do Reino Unido e dos EUA, ressaltando as diferenças marcantes na experiência de maternidade e no acompanhamento pós-parto. Essa comparação ilustra como as expectativas em relação ao cuidado e à saúde podem variar entre os países.

O futuro da saúde

Por fim, Walmsley expressou otimismo em relação ao futuro da saúde, destacando que a tecnologia, especialmente a inteligência artificial, está prestes a revolucionar a indústria farmacêutica. Ela acredita que melhorar a taxa de sucesso de projetos pode mudar significativamente a trajetória da inovação na saúde. O investimento da GSK nos Estados Unidos reflete uma confiança nas oportunidades que o mercado norte-americano ainda oferece, diante de um desafio crescente na Grã-Bretanha.