Impactos na economia e acordos individuais marcam passagem do presidente pela Ásia
A guerra comercial de Trump força aliados a fechar acordos individuais, impactando economias como a do Vietnã.
KUALA LUMPUR, Malaysia — A guerra comercial de Donald Trump está exigindo que aliados na Ásia decidam entre se alinhar com os Estados Unidos ou a China. Durante a cúpula da ASEAN, o presidente americano anunciou acordos comerciais com quatro dos 11 países membros, incluindo Camboja e Malásia, enquanto as tensões entre as potências econômicas se intensificam.
Acordos bilaterais em foco
Os acordos anunciados trazem cláusulas que obrigam os países a cooperar contra “terceiros”, uma referência clara à China. Enquanto isso, representantes chineses criticam as tarifas elevadas, que têm causado instabilidade econômica na região, com um relatório da ONU prevendo uma queda de 9,7% nas exportações do Sudeste Asiático para os EUA devido ao aumento das tarifas.
Impactos econômicos para o Sudeste Asiático
Os efeitos da guerra comercial são particularmente severos para o Vietnã, que pode enfrentar uma redução de 5% em seu PIB. Em resposta, líderes da ASEAN expressaram preocupação com as ações unilaterais de Trump, alertando sobre os riscos de fragmentação econômica global decorrentes das tarifas.
Visão de longo prazo da administração Trump
Apesar das tensões, a administração Trump defende que os acordos bilaterais são benéficos, prometendo acesso a mercados que somam mais de 30 trilhões de dólares. Trump buscou reafirmar seu compromisso com a região, afirmando que os EUA pretendem ser um parceiro forte e duradouro para os países da ASEAN. À medida que se dirige para a cúpula do APEC na Coreia do Sul, a expectativa é de que as negociações bilaterais continuem a dominar a agenda, com encontros significativos, incluindo uma reunião com o presidente chinês Xi Jinping.