Descubra como o uso excessivo de telas impacta sua saúde.

O uso excessivo de telas é um hábito que pode acelerar o envelhecimento. Aprenda a combatê-lo.

O envelhecimento precoce é uma preocupação crescente em nossa sociedade, e hábitos cotidianos desempenham um papel crucial nesse processo. Um dos hábitos mais comuns, mas muitas vezes ignorado, é o tempo excessivo diante de telas. O uso constante de celulares, computadores e televisões não apenas afeta a saúde mental, mas também pode ter repercussões físicas significativas.

A influência do sedentarismo

Estudos demonstram que longos períodos em frente a telas estão diretamente associados ao sedentarismo. A médica Alicia Robbins observa que aqueles que passam mais de oito horas sentados diariamente apresentam marcadores biológicos que indicam envelhecimento acelerado. Em contraste, indivíduos que limitam seu tempo sentado a menos de quatro horas por dia tendem a ter uma saúde mais robusta. O sedentarismo, além de aumentar a gordura corporal, também reduz a massa muscular e compromete a função mitocondrial, elevando o risco de doenças crônicas.

O impacto nas relações sociais

Outro aspecto preocupante é a diminuição das interações sociais presenciais. A substituição de encontros físicos por comunicações mediadas por telas pode levar ao isolamento social. Robbins enfatiza que a conexão social é essencial para a longevidade e qualidade de vida. A solidão está associada a níveis elevados de inflamação e um rápido declínio cognitivo. Portanto, priorizar encontros em grupo e atividades físicas coletivas é fundamental para o bem-estar.

Luz azul e a saúde da pele

A luz azul emitida por dispositivos eletrônicos também merece destaque. A dermatologista Marisa Garshick explica que essa luz pode causar alterações na pele, como hiperpigmentação e rugas. A exposição prolongada à luz azul estimula a produção de radicais livres, que danificam as células da pele e aceleram o envelhecimento. Embora mais pesquisas sejam necessárias, os efeitos já observados são preocupantes.

Problemas posturais e suas consequências

Adicionalmente, o uso frequente de dispositivos eletrônicos está associado a problemas posturais, como o “tech neck”. Essa condição surge do hábito de inclinar a cabeça para baixo ao olhar para as telas, resultando em dores no pescoço e nas costas. Essa postura não só causa desconforto físico, mas também pode agravar a flacidez da pele do rosto e pescoço ao longo do tempo.

O sono e suas interações com o tempo de tela

O tempo excessivo em frente a telas também afeta a qualidade do sono. O uso de dispositivos eletrônicos antes de dormir está associado à insônia e à redução da qualidade do sono. A luz azul inibe a produção de melatonina, hormônio que regula o sono, dificultando o adormecer. A privação de sono contribui para processos inflamatórios e acelera o envelhecimento cerebral.

Estratégias para um envelhecimento saudável

Para combater esses impactos negativos, especialistas recomendam algumas estratégias simples: manter o celular fora do quarto, evitar o uso de telas antes de dormir, realizar pausas regulares durante o dia, e posicionar dispositivos na altura dos olhos. Além disso, hábitos saudáveis, como uma alimentação equilibrada rica em vegetais e a prática de atividades físicas, são essenciais para um envelhecimento mais saudável. A combinação dessas medidas pode não apenas melhorar a qualidade de vida, mas também retardar o processo de envelhecimento.

Fonte: www.parana.jor.br