Ministro da Fazenda defende reserva de vagas como um passo importante na justiça educacional
Haddad defende reserva de 50% das vagas universitárias como uma reforma agrária no ensino superior.
O ministro da Fazenda, Fernando Haddad, afirmou que a reserva de 50% das vagas nas universidades públicas corresponde a uma “reforma agrária”. As declarações ocorreram neste sábado, 18, durante um encontro do presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT) com os alunos da Rede Nacional de Cursinhos Populares (CPOP), no Ginásio Adib Moysés Dib, em São Bernardo do Campo (SP).
Políticas de inclusão e expansão
Na ocasião, Haddad lembrou o programa de expansão das universidades públicas durante os primeiros governos de Lula e enalteceu a política das cotas sociais e raciais. Ele destacou que, mesmo dobrando o número de vagas, ainda assim muitas pessoas ficariam de fora. Segundo ele, reservar 50% das vagas para alunos de escola pública é um passo importante na justiça educacional, comparando essa ação a uma reforma agrária no ensino superior.
Conquistas e desafios
Haddad também comentou sobre a importância da memória histórica na política educacional, afirmando que “o povo que não conhece a história corre o risco de tomar o atalho errado”. Ele reconheceu que o Brasil ainda tem muito a avançar, mas defendeu a valorização das conquistas, citando o Programa Universidade para Todos (Prouni) e outras políticas voltadas para universidades públicas.
Presença de outros ministros
O evento também contou com a participação dos ministros Camilo Santana (Educação), Luiz Marinho (Trabalho) e Paulo Teixeira (Desenvolvimento Agrário), demonstrando a união do governo em prol da educação.
Apoio a cursinhos populares
A CPOP foi criada pelo Ministério da Educação para oferecer apoio financeiro a cursos pré-vestibulares populares e comunitários, especialmente voltados para o Exame Nacional do Ensino Médio (Enem). O evento anunciou um investimento de R$ 108 milhões do governo em um edital de apoio a até 500 cursinhos em 2026.