O Hamas classificou como um “golpe” a intenção declarada pelo primeiro-ministro israelense, Benjamin Netanyahu, de assumir o controle militar da Faixa de Gaza. A manifestação do grupo palestino surge em um momento sensível, em meio a negociações de cessar-fogo.

Em comunicado, o Hamas expressou que os planos de Israel para expandir a ofensiva em Gaza revelam que o objetivo de Netanyahu é sacrificar os próprios reféns em prol de seus “interesses pessoais”.

Netanyahu, em entrevista, afirmou pretender controlar o território e, posteriormente, entregá-lo a forças árabes que o governariam de forma adequada. Ele ressaltou que Israel não tem a intenção de manter Gaza permanentemente, mas sim de estabelecer um “perímetro de segurança” e evitar governar o local diretamente.

Israel ocupou a Faixa de Gaza após a guerra de 1967, retirando suas tropas do enclave em 2005. Contudo, o Hamas recapturou grandes áreas do território no início de 2023.

Atualmente, 50 reféns permanecem detidos em Gaza, com as autoridades israelenses estimando que 20 deles ainda estejam vivos. As libertações anteriores foram resultado de negociações diplomáticas.

A situação no Oriente Médio permanece tensa após o fracasso das negociações de cessar-fogo em julho.