Hapvida (HAPV3) tenta recuperação e registra alta de 4% no Ibovespa

A operadora de saúde busca reverter perdas após reavaliações negativas de grandes bancos

Hapvida (HAPV3) tenta recuperar perdas e sobe mais de 4%, mesmo após reavaliações negativas.

Hapvida (HAPV3) busca recuperação no Ibovespa

Nesta segunda-feira (17), as ações da Hapvida (HAPV3) lideram os ganhos no Ibovespa, apresentando uma alta de 4,89%, cotadas a R$ 18,66. Esse movimento ocorre em um momento delicado para a operadora de saúde, que enfrentou uma forte pressão vendedora após a divulgação dos resultados do terceiro trimestre de 2025.

O lucro líquido da Hapvida, reportado na última quarta-feira (12), foi de R$ 338 milhões entre julho e setembro, representando um crescimento de 4,1% em comparação ao mesmo período do ano passado. No entanto, o Ebitda ajustado sofreu uma queda de 2,1%, totalizando R$ 746,4 milhões. Os analistas destacam que a queima de fluxo de caixa livre de R$ 51,9 milhões e o aumento da taxa de sinistralidade, que subiu para 75,2%, são pontos de atenção.

Reavaliações de bancos impactam a ação

Após a divulgação dos resultados, várias instituições financeiras, incluindo o Safra, revisaram suas estimativas para a Hapvida. O Safra rebaixou sua recomendação de compra para neutra e cortou o preço-alvo da ação para R$ 22,50, o que ainda representa um potencial de valorização de 25% em relação ao fechamento da sexta-feira anterior (14). Os analistas do banco ressaltaram que os resultados foram abaixo do esperado, desencadeando uma forte venda das ações.

A falta de metas claras de margem e a percepção de risco entre os investidores aumentaram, levando os analistas a preverem um cenário de recuperação incerto para a Hapvida. A volatilidade dos resultados e a execução heterogênea desde a aquisição da GNDI, há quase quatro anos, também foram citadas como fatores que contribuem para a desconfiança do mercado.

Outras instituições seguem o exemplo do Safra

O Safra não foi o único banco a revisar suas estimativas para a Hapvida. A Ágora Investimentos/Bradesco BBI, por exemplo, reduziu o preço-alvo das ações em quase 50%, de R$ 51 para R$ 27 até o final de 2026. O BB Investimentos também rebaixou a recomendação de compra para neutra, enquanto o BTG Pactual cortou seu preço-alvo de R$ 67 para R$ 50.

Além disso, o JP Morgan fez uma dupla revisão, rebaixando a recomendação de compra para neutra e reduzindo o preço-alvo de R$ 52 para R$ 39. Essas revisões consecutivas refletem uma crescente preocupação com a capacidade da Hapvida de manter a rentabilidade e controlar os custos em um ambiente desafiador.

Perspectivas futuras para a Hapvida

A atual situação da Hapvida no mercado de ações evidencia a fragilidade de sua posição financeira e a necessidade de uma estratégia clara para recuperação. A empresa enfrenta um cenário repleto de incertezas, com a pressão de custos e a necessidade de melhorar sua taxa de sinistralidade. A falta de visibilidade quanto ao seu desempenho futuro pode dificultar a recuperação das ações, que continuam a ser monitoradas de perto pelos investidores.

Em resumo, a Hapvida (HAPV3) tenta se recuperar no Ibovespa, mas as recentes reavaliações de grandes bancos deixam um sinal de alerta sobre a viabilidade de sua recuperação no curto e médio prazo.

Fonte: www.moneytimes.com.br

PUBLICIDADE

VIDEOS

Relacionadas: