Hegseth defende ataques a barcos de drogas em discurso polêmico

Jonathan Alcorn/Reuters

Secretário de Defesa dos EUA reafirma ações controversas para combater o tráfico

Pete Hegseth defende ataques militares a barcos de narcotraficantes, gerando controvérsia nas autoridades.

Hegseth defende ataques a barcos de drogas em instabilidade política

Neste sábado, 6 de outubro, em um evento no Ronald Reagan Presidential Library, na Califórnia, o Secretário de Defesa dos Estados Unidos, Pete Hegseth, reafirmou sua posição em defesa dos ataques militares realizados contra barcos suspeitos de estarem envolvidos no tráfico de drogas. A insistência de Hegseth surge em meio a crescentes críticas e questionamentos sobre a legalidade dessas operações.

Justificativa das operações militares

Hegseth argumentou que os ataques, que resultaram na morte de mais de 80 pessoas desde setembro, são uma medida necessária para a proteção dos cidadãos americanos. Em suas declarações, ele comparou os supostos traficantes de drogas a terroristas, afirmando: “Se você está trabalhando para uma organização terrorista designada e traz drogas para este país em um barco, nós vamos encontrá-lo e vamos afundá-lo”. Essa retórica agressiva foi recebida tanto com apoio quanto com indignação entre os presentes.

O Secretário de Defesa enfatizou que o presidente Donald Trump pode e deve tomar ações militares como julgar necessário para proteger os interesses dos EUA, afirmando que “nenhum país na Terra deve duvidar disso”. Essa declaração provocou ainda mais dúvidas sobre a legalidade das ações, não apenas entre os opositores, mas também entre alguns membros do Partido Republicano.

Críticas sobre a legalidade das ações

Desde o início das operações, especialistas em direito internacional levantaram sérias preocupações sobre a legalidade desses ataques. Hegseth e a administração Trump alegam que as ações são justificadas sob as regras de engajamento em conflitos armados, considerando que as organizações de tráfico de drogas operam como entidades terroristas. Essa justificativa, segundo críticos, é problemática, já que os traficantes suspeitos não atacaram os EUA ou seus ativos no exterior, e o país não está formalmente em guerra com elas.

Além disso, muitos ressaltam que as operações podem violar direitos humanos, já que os supostos traficantes não foram condenados em tribunal e há pouca evidência concreta em apoio às designações feitas pela administração em relação às organizações de tráfico.

A intensificação da controvérsia

A polêmica ganhava força quando, ao final de novembro, foi revelado que um dos ataques realizados em setembro foi seguido por uma segunda ofensiva contra os sobreviventes do primeiro ataque. Segundo relatos, a ordem para atacar novamente teria sido dada por Hegseth, intensificando as preocupações sobre a condução das operações. Hegseth negou essas alegações, afirmando que sua intenção sempre foi eliminar ameaças.

Reações políticas e pressões para renúncia

Enquanto Hegseth continua a defender suas ações, as exigências por sua renúncia aumentam. O New Democrat Coalition, uma das maiores facções do Partido Democrata na Câmara, declarou Hegseth como “incompetente, imprudente e uma ameaça” para os homens e mulheres que servem nas forças armadas. Acusações de falta de responsabilidade e desvio de culpa têm sido frequentemente citadas na presença crescente de críticas sobre sua liderança.

As declarações de Hegseth também se estenderam para outras áreas, incluindo a intenção de retomar testes nucleares à mesma altura que potências como China e Rússia. Ele criticou a abordagem dos líderes republicanos em relação a guerras recentes no Oriente Médio e se opôs à ideia de que a mudança climática representa um desafio significativo para a prontidão militar.

“O departamento de guerra não será distraído por construções de democracia, intervenção, guerras indefinidas, mudanças de regime, mudanças climáticas ou morais “woke””, declarou Hegseth, reafirmando sua posição alarmante em meio a um cenário político tumultuado.

Fonte: www.theguardian.com

Fonte: Jonathan Alcorn/Reuters

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