Homem falece após transplante de rim contaminado com raiva

Caso raro de transmissão do vírus por doação de órgãos levanta preocupações nos EUA

Um homem morreu após receber um rim infectado pelo vírus da raiva nos EUA, levantando preocupações sobre doação de órgãos.

Rim contaminado com raiva: um caso raro no transplante de órgãos

Um homem morreu após receber um rim contaminado com raiva nos Estados Unidos. Este caso, que ocorreu em dezembro de 2024, reacendeu as preocupações sobre a segurança em transplantes de órgãos, dado que a doença é quase sempre fatal. O vírus da raiva foi identificado no rim transplantado, e o receptor desenvolveu sintomas neurológicos graves cerca de 51 dias após o procedimento.

Detalhes do caso e triagem do doador

O doador do rim havia falecido pouco antes do transplante, e durante a triagem inicial, não foram detectados sinais claros de infecção. No entanto, foi descoberto posteriormente que o doador tinha sido arranhado por um guaxinim, uma informação que não foi considerada crítica no momento da avaliação. Este tipo de exposição a animais silvestres pode ser um fator de risco significativo para a transmissão do vírus da raiva.

O Centro de Controle e Prevenção de Doenças (CDC) dos EUA alertou que os sintomas neurológicos que surgiram no receptor indicam uma infecção que normalmente pode ter um período de incubação que varia de dias a anos, dificultando a detecção precoce da doença.

Medidas de segurança e profilaxia

Três outras pessoas também receberam tecidos do mesmo doador, especificamente córneas, mas não apresentaram sintomas da doença. Para garantir a segurança, os médicos realizaram a remoção dos enxertos e iniciaram um tratamento de profilaxia pós-exposição ao vírus da raiva, que é utilizado em casos de risco de contágio. Essa profilaxia é crucial para prevenir a infecção em indivíduos que possam ter estado em contato com o vírus.

A raridade da transmissão por transplante e implicações

Embora a transmissão da raiva através de transplantes de órgãos seja extremamente rara, já foram documentados casos anteriores. Uma revisão científica publicada em 2018 registrou pelo menos 13 ocorrências confirmadas entre 1978 e 2017, todas ligadas a órgãos ou tecidos contaminados. O recente falecimento é o quarto caso registrado nos EUA desde que começaram as documentações sobre a doença.

A raiva é comumente transmitida pela saliva de animais infectados, como cães, morcegos e guaxinins. A raridade da doença em humanos faz com que não seja incluída nos protocolos padrão de triagem de doadores, o que pode aumentar os riscos durante transplantes.

Reforço nos protocolos de doação

Especialistas recomendam que protocolos rigorosos sejam seguidos quanto à triagem de doadores. Detalhes como arranhaduras ou histórico recente de contato com animais selvagens devem ser levados em consideração antes da liberação de órgãos. Quando há suspeita de exposição, é vital que os tecidos transplantados sejam removidos imediatamente, e que a profilaxia pós-exposição seja iniciada o mais rápido possível.

Esta situação ressalta a necessidade de uma maior vigilância e protocolos mais rigorosos na triagem de doadores de órgãos, especialmente em casos onde há histórico de contato com animais que possam ser portadores do vírus da raiva.

Fonte: baccinoticias.com.br

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