A vitória do candidato conservador marca uma nova fase política no país.
Nasry Asfura, apoiado por Trump, é declarado vencedor das eleições em Honduras, levantando questionamentos sobre a legitimidade do pleito.
Nasry Asfura vence as eleições presidenciais em Honduras, consolidando uma mudança significativa na política do país. Com 40,27% dos votos, Asfura superou Salvador Nasralla, que obteve 39,39%. O resultado foi anunciado pelas autoridades eleitorais após um processo de contagem que se estendeu por semanas, gerando controvérsias sobre a legitimidade do pleito.
O cenário eleitoral em Honduras
O contexto das eleições em Honduras foi marcado por um clima de incerteza e desconfiança. A vitória de Asfura se alinha a uma tendência de movimentos conservadores na América Latina, refletindo um descontentamento com as administrações progressistas em várias nações da região. A ex-presidente Xiomara Castro, que elegeu-se em 2021 com promessas de mudança, viu sua base se fragmentar e sua popularidade diminuir, culminando na perda de poder de seu partido, o LIBRE.
A polêmica ao redor da eleição
Asfura, que foi prefeito de Tegucigalpa e é membro do Partido Nacional, foi apoiado por Donald Trump, que fez uma declaração de apoio poucos dias antes da votação. Este apoio gerou acusações de que a intervenção dos EUA influenciou o resultado das eleições. Nasralla, o oponente de Asfura, alegou que a eleição foi fraudulenta e pediu uma recontagem dos votos, apontando para irregularidades e um processo de contagem que foi considerado lento e opaco.
Consequências políticas e sociais
A vitória de Asfura representa não apenas uma mudança de liderança, mas também um reflexo das tensões sociais em Honduras. A administração de Castro, que prometeu combater a corrupção e a violência, agora enfrenta um novo desafio sob um governo conservador. Observadores internacionais, como Eric Olson, apontam que a rejeição do governo atual foi tão clara que poucos acreditam que houve um resultado justo em favor do partido de Castro.
Neste novo cenário, a política hondurenha pode se tornar ainda mais polarizada, com a possibilidade de protestos e contestações sobre a legitimidade das eleições. A comunidade internacional, especialmente os EUA, deve observar atentamente como Asfura governará, e como lidará com as acusações de manipulação eleitoral e descontentamento popular.
Fonte: abcnews.go.com