Hugo Motta Avalia Pedido de Eduardo Bolsonaro para ‘Exílio’ nos EUA sob Pressão Regimental

O presidente da Câmara dos Deputados, Hugo Motta (Republicanos-PB), encontra-se diante de uma decisão delicada: o pedido do deputado federal Eduardo Bolsonaro (PL-SP) para exercer seu mandato à distância, diretamente dos Estados Unidos. A situação coloca em xeque o regimento interno da Casa e levanta debates sobre as responsabilidades de um parlamentar.

Motta, durante participação no Fórum Nordeste 2025 em Recife, Pernambuco, sinalizou que sua decisão será pautada estritamente pelas normas da Câmara. “Vamos avaliar sempre obedecendo o regimento e dando tratamento igual a todos os deputados e deputadas”, afirmou, buscando demonstrar imparcialidade no processo. A declaração surge em meio a crescente pressão política e jurídica sobre o caso.

Eduardo Bolsonaro está nos EUA desde o final de fevereiro, onde tem atuado em defesa de sanções contra o Brasil e restrições ao ministro Alexandre de Moraes, do Supremo Tribunal Federal (STF). Essa atuação no exterior, enquanto detentor de um mandato no Brasil, tem gerado controvérsia e motivado questionamentos sobre a compatibilidade de suas ações com o cargo que ocupa.

Em relação ao iminente julgamento do ex-presidente Jair Bolsonaro (PL) pelo STF, Motta adotou uma postura cautelosa. Ele reconheceu as implicações políticas do caso, mas assegurou que a Câmara buscará manter a serenidade para garantir o andamento da pauta legislativa. “Temos trabalhado para isso”, respondeu ao ser questionado sobre a capacidade de manter a estabilidade em meio a um cenário tão polarizado.

A decisão de Hugo Motta sobre o caso de Eduardo Bolsonaro e a condução dos trabalhos da Câmara durante o julgamento de Bolsonaro serão cruciais para o cenário político nacional. A forma como o presidente da Casa lidará com essas questões poderá impactar a credibilidade do Legislativo e a estabilidade institucional do país.

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