Presidente da Câmara acredita que a medida é necessária para enfrentar a insegurança no Brasil

Hugo Motta afirma que a Câmara fez a escolha certa ao aprovar o PL Antifacção, apesar das críticas.

PL Antifacção

Nesta quinta-feira, 20 de novembro de 2025, o presidente da Câmara dos Deputados, Hugo Motta, declarou que a Casa escolheu o “caminho certo” ao aprovar o Projeto de Lei (PL) Antifacção. Em sua mensagem no X, antigo Twitter, Motta ressaltou a urgência de medidas firmes contra o crime organizado, afirmando que a população não pode continuar vivendo em insegurança.

Críticas à Aprovação do PL

O presidente Luiz Inácio Lula da Silva criticou a aprovação do PL, argumentando que a proposta enfraquece o combate ao crime organizado. Segundo Lula, o projeto, ao fazer alterações significativas em um texto que foi apresentado pelo Executivo, gera insegurança jurídica e favorece aqueles que buscam escapar da lei. “Precisamos de leis firmes e seguras para combater o crime organizado”, escreveu Lula em sua rede social.

A Reação do PT e a Crise de Confiança

Após a votação, o líder do PT na Câmara, deputado Lindbergh Farias, afirmou que a escolha do deputado Guilherme Derrite para relatar o projeto causou uma “crise de confiança” entre o presidente Lula e Hugo Motta. Farias destacou que a insatisfação do presidente é clara, já que o projeto é de autoria do Executivo e sua aprovação não ocorreu sem controvérsias.

Votação e Próximos Passos

O PL Antifacção foi aprovado com 370 votos a favor e 110 contra, após longas negociações e ajustes no texto-base. Agora, o projeto segue para o Senado, onde será relatado pelo senador Alessandro Vieira. Vieira já se manifestou sobre a necessidade de ouvir as principais partes interessadas, prometendo realizar uma audiência pública para discutir o assunto. Ele enviou ofícios a órgãos como o Ministério da Justiça, a Polícia Federal e o Ministério Público, buscando opiniões formais sobre o PL.

Conclusão

Diante das tensões entre o Executivo e a Câmara, a aprovação do PL Antifacção evidencia as complexidades da política brasileira em relação ao combate ao crime. As divergências entre os líderes políticos e a necessidade de ouvir os envolvidos no debate refletem um momento decisivo para a legislação de segurança no país. Com a continuidade da discussão no Senado, as próximas semanas serão cruciais para o futuro do projeto.