Presidente da Câmara se posiciona nas redes sociais sobre o Projeto de Lei e a importância do debate democrático
Hugo Motta se manifesta em defesa do PL Antifacção após adiamento da votação, destacando a importância do debate.
No dia 14 de novembro de 2025, o presidente da Câmara, Hugo Motta, fez uso de sua conta no X (antigo Twitter) para expressar apoio ao Projeto de Lei (PL) Antifacção. Ele destacou a relevância do debate em torno da proposta, afirmando que esse tipo de discussão é um sinal de uma democracia viva.
A manifestação de Motta ocorre apenas dois dias após o relator do projeto, Guilherme Derrite (PP-SP), ter concordado com o adiamento da votação do texto, programada para o dia 12 de novembro. Ele enfatizou que a conversa sobre o Marco Legal de Combate ao Crime Organizado está presente nas rodas de conversa, nas redes sociais e na imprensa, o que é, segundo ele, algo positivo para a democracia.
“O debate sobre o Marco Legal de Combate ao Crime Organizado tomou conta do Brasil. Está nas rodas de conversa, nas redes e na imprensa e isso é ótimo. É o sinal de uma democracia viva!”
Motta também se manifestou sobre a polarização política que envolve o projeto, afirmando que a disputa entre as narrativas de direita e esquerda não o afeta. “Os partidos podem brigar por narrativas, a direita ou a esquerda podem dizer que venceram a disputa das redes. Essa disputa não me move”, disse.
No dia em que o adiamento foi anunciado, diversos governadores de estados brasileiros estiveram em Brasília para solicitar que a votação fosse postergada. Líderes partidários da Câmara também apoiaram essa solicitação, demonstrando a pressão política em torno da proposta. O secretário de Segurança Pública de São Paulo formalizou o pedido na tribuna da Casa, evidenciando a preocupação com o conteúdo do projeto.
Derrite, o relator, anunciou que pretende retomar a análise do PL Antifacção no dia 18 de novembro. Até o momento, já foram apresentadas quatro versões do relatório, mas o texto ainda não conseguiu conquistar um consenso entre os diferentes grupos políticos da Câmara. A divergência entre as partes envolvidas continua a ser um desafio para a aprovação do projeto.
Essa situação reflete a complexidade do debate legislativo no Brasil, onde interesses variados colidem e a busca por um acordo se torna cada vez mais difícil. A pressão para que o PL Antifacção avance destaca a importância do tema no cenário nacional, especialmente no que diz respeito à segurança pública e ao combate ao crime organizado.
A expectativa agora é para que o relator consiga apresentar uma versão que atenda às demandas dos diversos grupos políticos e que, ao mesmo tempo, mantenha a integridade do projeto. O próximo passo será a nova análise marcada para o dia 18 de novembro, onde se espera que o debate se intensifique ainda mais, refletindo as realidades sociais e políticas que cercam a proposta.