Presidente da Câmara destaca a urgência na votação da LDO e a necessidade de ajustes na relação com o Executivo.

Hugo Motta destaca que relação entre governo e Câmara ainda precisa melhorar e que prazo para votação da LDO está apertado.

Na quarta-feira (22), o presidente da Câmara dos Deputados, Hugo Motta (Republicanos-PB), declarou que a relação entre a Casa e o governo ainda “tem muito o que melhorar”. Ele destacou que o prazo para votação da Lei de Diretrizes Orçamentárias (LDO) está “bem apertado” e que a análise da proposta foi adiada a pedido do Executivo.

Urgência na votação da LDO

“Nós estamos em novembro, praticamente em novembro, final de outubro, aguardando essa questão da LDO. O prazo está bem apertado”, afirmou Hugo Motta a jornalistas na Câmara. O governo articula e deve encaminhar dois projetos de lei para compensar a perda de validade da medida provisória que estabelecia taxações alternativas ao aumento do IOF (Imposto sobre Operações Financeiras).

Medidas fiscais em discussão

A proposta visa recompor o espaço orçamentário deixado pela rejeição da medida provisória que caducou após a Câmara retirar a MP de pauta no início do mês. A votação contou com 251 votos favoráveis e 193 contrários. Para compensar essa perda, segundo o ministro da Fazenda, Fernando Haddad, dois projetos com medidas fiscais devem ser enviados ao Congresso, um focado na taxação de bets e fintechs, e outro voltado a cortes e controle de gastos públicos.

Deliberações futuras

“Estamos aguardando chegar para ver o texto, qual vai ser, para a partir daí a gente deliberar com os líderes como é que nós vamos proceder”, afirmou o presidente da Câmara. Na visão dele, a questão dos cortes não teve muitas divergências durante a análise da MP, mas a política ainda precisa ser ajustada.