Iniciativa busca debater e combater os impactos sociais das apostas.
Nova frente parlamentar visa combater os efeitos negativos dos jogos de azar.
O avanço dos jogos de azar no Brasil gera preocupações cada vez maiores sobre suas consequências sociais. Nesta terça-feira, 17 de dezembro de 2025, a Frente Parlamentar por um Brasil sem Jogos de Azar fez sua primeira reunião, elegendo Humberto Costa (PT-PE) como presidente e Eduardo Girão (Novo-CE) como vice-presidente.
O impacto dos jogos de azar na sociedade
A iniciativa surge em um momento crítico, onde a proliferação das apostas, tanto físicas quanto online, tem afetado a vida de muitas famílias brasileiras. Durante a reunião, Humberto Costa destacou a necessidade urgente de abordar os efeitos devastadores que os jogos de azar podem ter sobre a saúde financeira e mental das pessoas. Segundo ele, “cada pessoa tem, perto de si, uma história triste por conta de jogos de aposta ou de jogos de azar, com a dilapidação de patrimônios”. Ele citou casos extremos de desorganização familiar, dívidas e até tragédias como suicídios ligados ao vício em apostas.
Crescimento das apostas online e a resposta parlamentar
Eduardo Girão reforçou a ideia de que a questão dos jogos de azar se tornou uma emergência nacional, principalmente com o crescimento das apostas online, conhecidas como “bets”. Ele afirmou que a conscientização sobre o problema está aumentando, mas que é necessário um esforço conjunto para que a frente seja efetiva e produtiva, mesmo em um ano eleitoral como 2026. Girão criticou diretamente o projeto de lei que visa legalizar cassinos, bingos e o jogo do bicho, afirmando que o lobby em favor dessas práticas é forte e precisa ser enfrentado.
Desafios e mobilização
O projeto de lei (PL 2.234/2022), que recebeu parecer favorável na Comissão de Constituição e Justiça do Senado no ano passado, estava agendado para votação no Plenário, mas foi retirado da pauta pelo presidente do Senado, Davi Alcolumbre, em julho de 2025. A nova frente parlamentar se propõe a intensificar os debates e mobilizações contra essa proposta, destacando a importância de proteções sociais contra os efeitos prejudiciais dos jogos de azar.
A criação da Frente Parlamentar por um Brasil sem Jogos de Azar representa um passo significativo na luta contra a legalização das apostas, enfatizando a necessidade de proteger as famílias brasileiras de um problema que, segundo os parlamentares, afeta a saúde e o bem-estar da sociedade como um todo.



