Entenda o impacto da redução do preço-alvo nas ações da Hypera.
BBI corta preço-alvo das ações da Hypera, mas destaca seu potencial de valorização.
A recente análise do Bradesco BBI sobre a Hypera (HYPE3) revela um cenário misto para os investidores. Embora o banco tenha cortado o preço-alvo das ações de R$ 30 para R$ 29, a recomendação de compra permanece, indicando um potencial de valorização de aproximadamente 27% em relação à cotação atual, que gira em torno de R$ 22,92.
O impacto do novo preço-alvo
A decisão do Bradesco BBI reflete ajustes nas estimativas para 2026, uma vez que a receita do segmento institucional está prevista para ser menor, além de uma expectativa de Selic ligeiramente elevada. Com isso, a projeção do lucro líquido foi reduzida em 3%, atingindo R$ 1,74 bilhão, valor que ainda está 5% abaixo do consenso de mercado.
Esse corte no preço-alvo foi resultado de uma conversa entre a Hypera e o banco, onde se discutiram as perspectivas de curto prazo da empresa. Essa troca de informações é crucial, pois permite que os analistas ajustem suas previsões com base em dados mais atualizados sobre a performance da companhia.
Perspectivas para o setor e novos produtos
Dentre as conclusões da reunião, um ponto que se destacou foi a posição da Hypera em relação à ANVISA, onde a empresa está provavelmente entre as três primeiras na fila para análise do registro do genérico de semaglutida. Este medicamento, que promete ser uma adição significativa ao portfólio da empresa, pode ter suas aprovações previstas já para o segundo trimestre de 2026. Isso representa uma oportunidade importante para a Hypera, considerando o potencial de lucro que um novo produto pode trazer ao mercado.
Adicionalmente, a possibilidade de aquisição da Medley, que poderia suscitar preocupações relacionadas à alavancagem, foi considerada improvável, o que alivia um pouco a tensão em torno da gestão financeira da Hypera.
Análise do desempenho e oportunidades
As expectativas de vendas para o quarto trimestre de 2025 são otimistas, com crescimento projetado entre 7% e 8%, embora um pouco abaixo do crescimento de 8,3% registrado no terceiro trimestre. Os analistas do Bradesco BBI também observam que, apesar da queda de cerca de 15% nas ações da Hypera em dezembro, isso pode ser visto como uma oportunidade de compra, dada a atratividade do valuation atual.
O múltiplo P/L estimado de 8,3x para o próximo ano está abaixo da média histórica de 11,5x, o que sugere que as ações estão subvalorizadas em relação ao seu histórico. Além disso, os incentivos fiscais do ICMS e a resiliência dos negócios da Hypera são fatores que podem contribuir para a recuperação dos lucros nos próximos períodos.
Por fim, apesar das incertezas do mercado e da recente queda das ações, o desempenho acumulado desde janeiro, com uma alta de aproximadamente 30%, mostra que a Hypera continua a ser uma ação a ser observada por investidores atentos às oportunidades no setor farmacêutico.
Fonte: www.moneytimes.com.br
Fonte: Money Times



