Investigações sobre o influenciador Hytalo Santos ganharam novos contornos após ampla cobertura. O caso, que já havia repercutido no Congresso, ganhou força impulsionado por vídeos na internet e mobilizou a Câmara dos Deputados em face das denúncias de suposta sexualização de menores de idade envolvendo o criador de conteúdo.
Uma promotora de Justiça detalhou o teor das reclamações apresentadas por vizinhos em relação aos eventos promovidos pelo influenciador. As queixas incluem relatos de eventos noturnos frequentes que perturbavam o sossego dos moradores. Há também relatos de adolescentes transitando em motocicletas sem vestimentas adequadas, com o objetivo de exibir tatuagens. Segundo as denúncias, vídeos mostravam crianças e adolescentes participando de danças, festas com consumo de bebidas alcoólicas e conversas consideradas impróprias.
Adicionalmente, foi determinado pela Justiça da Paraíba o bloqueio de todas as redes sociais de Hytalo Santos. Desde o ano anterior, ele é alvo de investigação por parte do Ministério Público da Paraíba, sob acusação de exploração de crianças e adolescentes, desencadeada a partir das denúncias dos vizinhos.
Parlamentares expressaram a necessidade de transformar a discussão em legislação permanente, em vez de um debate passageiro. Dados recentes apontam que a Polícia Federal efetuou a prisão em flagrante de 193 indivíduos por posse de material de abuso sexual infantil somente em 2024, totalizando 368 prisões ligadas a esse tipo de crime no decorrer do ano.
Um vídeo sobre o tema, publicado em uma plataforma de vídeos, ultrapassou a marca de 35 milhões de visualizações, gerando grande impacto e culminando na apresentação de pelo menos 32 projetos de lei na Câmara, além de manifestações públicas de apoio à causa por diversas personalidades.