IBOV precisa subir 236% para retornar à média histórica, afirma gestora

Agência

Análise da SFA questiona a ideia de que a renda fixa supera a renda variável no Brasil

Gestora SFA revela que IBOV precisa subir 236% para voltar à média histórica, desafiando mitos sobre renda fixa.

IBOV precisa subir 236% para retornar à média histórica, segundo a SFA

A análise da gestora SFA revela que o índice Ibovespa (IBOV) precisaria subir 236% para voltar à sua média histórica. Esta afirmação desafia a ideia disseminada de que a renda fixa sempre supera a renda variável, um mito que se consolidou especialmente após a implementação do Plano Real.

A SFA, em sua carta mensal, argumenta que, apesar dos últimos 20 anos de desempenho insatisfatório, a bolsa brasileira tem entregado retornos superiores à renda fixa ao longo do tempo. A gestora afirma que o conceito de “CDI sempre bate a bolsa” é uma interpretação errônea, resultante da análise de períodos inadequados ou do uso de índices menos representativos.

O contexto histórico do IBOV

Nos últimos 20 anos, o CDI realmente superou o IBOV, mas a SFA destaca que o contexto é crucial. O Ibovespa é um índice concentrado em poucos setores e ponderado pela liquidez, o que pode distorcer seus resultados. Utilizando o IBrX, um índice mais representativo, a situação muda: este índice apresenta um retorno superior ao CDI desde 1995, com um desempenho real de +6,7% ao ano, em comparação com +5,6% do CDI.

A análise da SFA sugere que, ao considerar um período mais longo, a média de 7,6% ao ano desde 1967 coloca o IBOV em uma posição vantajosa, especialmente quando os dados são ajustados pela inflação ou convertidos em dólar. Por exemplo, o retorno real do IBOV em dólares desde 1967 é de +10,2% ao ano, comparado a +10,9% do S&P 500.

O equity risk premium

A gestora também enfatiza a presença do equity risk premium no Brasil, que indica que o investidor em ações foi, de fato, recompensado ao longo do tempo, mesmo considerando os períodos de inflação. Embora o prêmio tenha sido pequeno nas últimas décadas, ele ainda existe, e a SFA acredita que as condições atuais não representam um novo padrão para o mercado de ações.

Apesar do cenário desafiador, a SFA mantém a perspectiva de que a recuperação da bolsa é uma questão de tempo. “O tempo, mais uma vez, é o maior aliado do investidor”, observa a gestora, sugerindo que um fluxo de capitais para ações pode ser inevitável, desde que o mercado consiga absorver esse movimento sem grandes reajustes de preços.

Perspectivas para o futuro

Olhando para o futuro, a SFA calcula que, para o IBOV retornar à sua mediana histórica, ele precisaria subir 86%, o que o levaria a 285 mil pontos. O retorno à média histórica exigiria uma alta de 236%, atingindo 515 mil pontos. Essas projeções levantam a questão: será que a alta deste ano é apenas o começo de um ciclo positivo para a bolsa brasileira?

Em suma, a análise da SFA reforça a ideia de que a renda variável pode ser uma alternativa viável e rentável, mesmo em um cenário de incertezas econômicas. O desafio agora é para os investidores, que devem se preparar para as oportunidades que podem surgir à medida que o mercado se ajusta e se recupera.

Fonte: www.moneytimes.com.br

Fonte: Agência

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