Ibovespa atinge 164 mil pontos e estabelece novo recorde histórico

Expectativas sobre a Selic impulsionam o principal índice da bolsa brasileira a uma nova máxima.

Ibovespa registra novo recorde histórico, alcançando 164 mil pontos com expectativas de cortes na taxa Selic.

Ibovespa e a nova máxima histórica

O Ibovespa (IBOV), o principal índice da bolsa brasileira, atingiu 164 mil pontos nesta manhã, estabelecendo um novo recorde histórico. A alta se deu logo após a abertura do mercado, onde o índice saltou mais de 2 mil pontos desde os 161 mil, impulsionado pelas expectativas de cortes na taxa de juros a partir de janeiro próximo.

Aos 11h10 (horário de Brasília), o Ibovespa registrava 163.892,73 pontos, uma alta de 1,32%. O índice havia batido seu último recorde intradia no dia anterior, quando alcançou 161.963,49 pontos. Essa movimentação faz parte de uma resposta do mercado à divulgação do Produto Interno Bruto (PIB) brasileiro do terceiro trimestre, que revelou um crescimento de apenas 0,1%.

Cenário econômico e suas implicações

Os dados do PIB, apresentados pelo Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE), indicam uma desaceleração significativa da economia. O crescimento de 0,1% entre julho e setembro foi o mais fraco desde uma retração de 0,1% no final de 2024. Este resultado ficou abaixo das expectativas de analistas, que previam uma alta de 0,2%.

Leonardo Costa, economista do ASA, observa que a resposta do PIB, apesar da injeção de renda por meio do pagamento de precatórios, foi moderada, revelando a perda de tração da economia, especialmente no consumo das famílias. O economista Antonio Ricciardi, do Daycoval, concorda, ressaltando que a combinação de resultados decepcionantes em consumo e serviços, junto com um desempenho positivo no agronegócio, destaca os efeitos de uma política monetária restritiva.

Reação do mercado às expectativas de juros

Após a análise do PIB, as taxas do Depósito Interfinanceiro (DI) caíram em toda a curva de juros futuros do Brasil. Isso favoreceu as ações cíclicas, que são sensíveis ao consumo e à política monetária. Empresas como Magazine Luiza (MGLU3), CVC (CVCB3) e Assaí (ASAI3) apresentaram ganhos superiores a 3%.

Os grandes nomes do Ibovespa também mostraram forte valorização. A Vale (VALE3) subiu cerca de 0,3%, apesar da queda no preço do minério de ferro na China. A mineradora comunicou que contestará uma decisão judicial sobre a cobrança de mais de R$ 730 milhões referente à Compensação Financeira pela Exploração de Recursos Minerais (CFEM).

Outros destaques incluem a Petrobras (PETR4), que avançou mais de 1% acompanhando a alta do petróleo Brent, que estava a US$ 63 por barril. Juntas, Vale e Petrobras representam cerca de 50% da carteira teórica do Ibovespa.

Movimentação do dólar e perspectivas

O dólar também se manteve próximo da estabilidade em relação às moedas globais, cotado a R$ 5,2912, com uma queda de 0,43%. O cenário internacional, incluindo a expectativa de continuidade de cortes de juros nos Estados Unidos, contribuiu para essa estabilidade. O Índice DXY, que compara o dólar a uma cesta de divisas fortes, subiu 0,01%, atingindo 99,419 pontos.

As declarações divergentes de membros do Federal Reserve e dados fracos do mercado de trabalho americano elevaram as expectativas de um novo corte de juros. A ferramenta FedWatch, do CME Group, mostra 89,2% de chance de um corte de 0,25 ponto percentual na próxima reunião do Fomc, que ocorrerá entre os dias 9 e 10 de dezembro.

Com esses fatores em jogo, o mercado observa atentamente os desenvolvimentos econômicos, tanto nacionais quanto internacionais, que poderão impactar a trajetória do Ibovespa e outros índices financeiros.

Fonte: www.moneytimes.com.br

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