O Ibovespa registrou um leve recuo, influenciado pela divulgação de resultados corporativos e perspectivas para o futuro. O índice de referência do mercado acionário brasileiro encerrou o dia com variação negativa de 0,24%, aos 136.355,78 pontos, oscilando entre 135.587,94 e 137.436,74 pontos. O volume financeiro totalizou R$22,7 bilhões.
Hapvida liderou os ganhos, com um avanço de 8,29%, impulsionado por um tom otimista da gestão em relação ao segundo semestre, apesar da queda de quase 70% no lucro trimestral. Executivos sinalizaram que fatores negativos que afetaram o resultado entre abril e junho não devem se repetir nos próximos trimestres. Grupo Ultra também se destacou positivamente, com alta de 4,01%, após reportar Ebitda ajustado de R$2,1 bilhões no segundo trimestre, superando as expectativas do mercado. A companhia anunciou ainda a distribuição de R$326 milhões em dividendos intermediários.
Na contramão, Raízen sofreu a maior queda percentual diária desde seu IPO em 2021, desabando 12,5% e atingindo uma mínima histórica de fechamento a R$1,05. O desempenho negativo foi reflexo do prejuízo de R$1,8 bilhão no primeiro trimestre da safra 2025/26 e do aumento da dívida líquida para R$49,2 bilhões.
Banco do Brasil subiu 2,96%, antes da divulgação do balanço do segundo trimestre. Investidores aguardam também a publicação de previsões suspensas anteriormente e informações sobre dividendos.
Vale apresentou queda de 1,24%, pressionada pela baixa nos preços do minério de ferro na China. No setor de siderurgia, Usiminas, CSN e Gerdau também registraram perdas, com quedas de 7,19%, 6,06% e 1,03%, respectivamente.
Petrobras recuou 1,28%, mesmo com a alta do petróleo no mercado internacional. Um relatório fiscal da estatal revelou um recolhimento de R$131,7 bilhões aos cofres públicos no primeiro semestre.
Azevedo e Travassos saltou 7,14%, após um consórcio com participação de um fundo da empresa vencer o leilão da BR-060/364, com um desconto de 19,70% sobre a tarifa básica de pedágio.