Ibovespa futuro registra queda de 0,38% em correção; dólar futuro tem leve alta

Análise aponta correção no Ibovespa futuro, enquanto dólar futuro apresenta leve valorização

Ibovespa futuro caiu 0,38%, enquanto dólar futuro subiu 0,07%, em um dia de correção no mercado.

Ibovespa futuro cai 0,38% em correção nesta quinta-feira

O Ibovespa futuro para dezembro (WINZ25) registrou uma queda de 0,38% nesta quinta-feira (13), encerrando o dia aos 159.110 pontos. O movimento foi previsto em análise técnica do BTG Pactual, que sugere que uma correção deve ocorrer nos próximos dias, embora isso não desconfigure o viés positivo de curto prazo, após uma sequência de altas significativas.

Expectativas para o mercado

O suporte relevante para o índice está na média de 50 períodos, em 157.410 pontos, enquanto a resistência permanece na máxima histórica de 160.605 pontos. O rompimento dessa resistência pode levar a uma projeção de 164.085 pontos.

Comportamento do dólar futuro

Em contraste, o dólar futuro encerrou o dia em leve alta de 0,07%, alcançando R$ 5,318. O ativo havia testado uma mínima recente em R$ 5,286, mas não conseguiu romper esse nível. A análise sugere que o Índice de Força Relativa (IFR) pode sinalizar uma possível recuperação no curto prazo para o dólar, que pode buscar a média móvel de 50 períodos situada perto de R$ 5,340.

Divergência entre o câmbio local e o global

O movimento do dólar futuro destoou do que foi observado no exterior, onde por volta das 17h, o DXY — índice que compara o dólar a uma cesta de moedas fortes — apresentava uma queda de 0,32%, a 99,174 pontos. Essa divergência é atribuída à percepção de risco interno e ao aumento das remessas ao exterior, que são comuns no fechamento de trimestre fiscal.

Impacto da paralisação nos EUA

Nos Estados Unidos, o fim do shutdown trouxe à tona discussões sobre o impacto econômico da paralisação mais longa da história, com projeções que indicam uma redução do PIB do quarto trimestre em até 1,5 ponto percentual. A falta de dados cruciais, como o CPI (inflação ao consumidor) e o payroll (emprego), mantém o Federal Reserve em um cenário incerto. Mary Daly, presidente do Fed de San Francisco, destacou que ainda é “prematuro” decidir sobre novos cortes de juros antes da próxima reunião, prevista para 9 e 10 de dezembro.

Dados econômicos do Brasil

No cenário doméstico, a divulgação de dados macroeconômicos reforçou a percepção de desaceleração da economia brasileira. As vendas no varejo caíram 0,3% em setembro, contrariando as expectativas de alta de 0,3%. Na comparação anual, o crescimento foi de apenas 0,8%, bem abaixo da estimativa de 2%. O Itaú BBA comentou que esse dado encerra o ciclo de indicadores do terceiro trimestre confirmando a desaceleração da atividade econômica.

O Ministério da Fazenda também revisou suas projeções, reduzindo a expectativa de crescimento do PIB de 2025 de 2,3% para 2,2%. Além disso, as previsões de inflação foram ajustadas para baixo, com o IPCA esperado para este ano passando de 4,8% para 4,6%. Para 2026, a expectativa é de 3,5%, em comparação a 3,6% anteriores, sinalizando uma convergência gradual à meta do Banco Central, que é de 3%, com margem de 1,5 ponto percentual.

Fonte: www.moneytimes.com.br

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