Ibovespa se mantém estável após Copom, impulsionado por resultados positivos

Resultados da Axia e Rede D'Or se destacam no mercado

O Ibovespa se mantém em alta nesta quarta-feira (6), mesmo após o Banco Central manter a Selic em 15%.

O Ibovespa se mantém em alta nesta quarta-feira (6), mesmo após o Banco Central (BC) de Brasil decidir manter a Selic em 15% e adotar um tom mais rigoroso sobre a política monetária. No programa Giro do Mercado, a jornalista Paula Comassetto recebeu Júlio Borba, analista da Options Research, que comentou que a postura do BC tende a impactar empresas mais sensíveis aos juros.

Borba afirmou que “Eles tentam mostrar que vão ser bem pesados, não vão ser lenientes com a inflação, para que as expectativas se ancorem e, assim, consigam de fato começar a abaixar os juros”. O índice de small caps recuou mais de 1% após o comunicado, refletindo o impacto nas companhias cíclicas, enquanto o Ibovespa continuou em alta, impulsionado pelos resultados da Axia Energia e Rede D’Or.

Ele destacou que a Axia (ELET3; ELET6) teve um desempenho notável, com Ebitda 20% acima das projeções e lucro duas vezes maior que o esperado. A empresa anunciou um dividend yield em torno de 3,4% e se mantém como uma das principais recomendações no setor elétrico, com uma valorização de cerca de 80% no ano.

Em relação à Rede D’Or (RDOR3), Borba enfatizou que o resultado também superou as expectativas, com Ebitda 10% superior e lucro 20% acima do consenso. “A taxa de ocupação dos hospitais segue bem alta, e a alavancagem caiu bastante. A empresa é uma compounder, tende a tomar dívida para financiar crescimento relevante”, comentou.

O analista também falou sobre a queda acentuada das ações da Minerva (BEEF3), que recuaram mais de 10% após a divulgação do balanço. Apesar de resultados positivos, Borba explicou que o fluxo de caixa de R$ 2,5 bilhões foi resultado de uma redução de estoques e antecipação de recebíveis, e não de geração operacional. Ele indicou que a Options Research deve encerrar a recomendação de compra para o papel, ressaltando que “Nem toda notícia de dividendos é positiva”.

Fonte: www.moneytimes.com.br

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