Ibovespa sobe com Vale e expectativas de queda na Selic

Mercado reage a declarações do Banco Central e movimentações políticas

Ibovespa encerra alta de 0,41% enquanto o dólar cai, impulsionado por políticas monetárias.

Ibovespa fecha em alta impulsionado por Vale e política monetária

O Ibovespa (IBOV) engatou mais uma sessão de ganhos nesta terça-feira (25), com uma alta de 0,41%, fechando a 155.910,18 pontos. Essa valorização foi impulsionada principalmente por expectativas sobre a trajetória dos juros no Brasil e nos Estados Unidos, além do desempenho positivo das mineradoras, como Vale (VALE3).

Expectativas sobre a Selic e o impacto no mercado

O dólar à vista também apresentou queda, encerrando com cotação de R$ 5,3767, uma redução de 0,34%. O mercado financeiro ficou atento às declarações do diretor de Política Monetária do Banco Central (BC), Nilton David, que indicou que uma elevação na Selic não está mais no cenário-base da autoridade monetária. O presidente do BC, Gabriel Galípolo, reiterou a necessidade de focar no centro da meta de inflação, que é de 3%, ao invés de perseguir o limite superior de 4,5%.

Movimentações políticas e seus reflexos no mercado

Além dos fatores econômicos, as eleições de 2026 também foram um ponto de atenção. A pesquisa CNT/MDA revelou que o presidente Luiz Inácio Lula da Silva lidera todos os cenários na corrida presidencial. No campo político, o ministro Alexandre de Moraes, do STF, ordenou o cumprimento imediato da pena de prisão do ex-presidente Jair Bolsonaro, que foi condenado a mais de 27 anos de reclusão por tentativa de golpe de Estado e outros crimes. Essas movimentações políticas têm o potencial de influenciar o clima de negócios e a confiança do investidor.

Desempenho das ações no Ibovespa

Entre as companhias listadas no Ibovespa, as mineradoras e ações cíclicas foram as que mais se destacaram. Usiminas (USIM5) liderou os ganhos com uma alta de cerca de 5%, enquanto a Vale (VALE3) teve um aumento de cerca de 1%, acompanhando a valorização do minério de ferro na Bolsa de Dalian. O contrato mais líquido do minério de ferro, com vencimento em janeiro, subiu 0,51%, alcançando 794 yuans (US$ 111,79) a tonelada.

C&A (CEAB3) e Vivara (VIVA3) também figuraram entre as maiores altas do dia. Em contrapartida, Braskem (BRKM5) foi a ação que mais caiu, em meio à realização de lucros recentes e à expectativa de um acordo de venda da fatia da Novonor na petroquímica para a gestora IG4 Capital. As ações da Petrobras (PETR3; PETR4) também apresentaram queda de 1%, acompanhando a desvalorização do petróleo, que encerrou com uma queda de 1,46%, a US$ 61,80 o barril.

Cenário internacional e seus efeitos no Ibovespa

Os índices de Wall Street também estenderam os ganhos do dia anterior, com os investidores atentos a declarações do Federal Reserve (Fed) em busca de pistas sobre a política monetária. O diretor do Fed, Stephen Miran, comentou sobre a deterioração do mercado de trabalho, atribuindo-a à política monetária restritiva. Dados econômicos recentes, como a alta de 0,2% nas vendas no varejo dos EUA em setembro, também influenciaram o sentimento do mercado. A expectativa de redução dos juros pelo Fed aumentou, refletindo uma chance de 84,7% de que os juros caiam para a faixa de 3,50% a 3,75% ao ano.

Na Europa, os mercados encerraram o dia em alta, com o índice pan-europeu Stoxx 600 subindo 0,91%. Na Ásia, o índice Nikkei do Japão teve leve avanço de 0,07% e o índice Hang Seng de Hong Kong subiu 0,69%. Essas movimentações internacionais podem ter efeitos indiretos sobre o Ibovespa, influenciando o comportamento dos investidores locais.

Conclusão

O Ibovespa fechou em alta, impulsionado por expectativas de cortes na Selic e o desempenho das mineradoras, particularmente a Vale. As movimentações políticas também desempenham um papel crucial na definição do tom do mercado. Enquanto isso, o cenário internacional continua a ser um fator relevante que influencia o comportamento dos índices locais.

Fonte: www.moneytimes.com.br

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