O Ibovespa registrou sua segunda alta consecutiva, impulsionado pelo desempenho positivo de ações como Itaú Unibanco e Petrobras. O índice fechou em alta de 0,14%, atingindo 133.151,30 pontos, um ganho de 180,10 pontos.

O dólar comercial apresentou leve queda de 0,01%, cotado a R$ 5,506, marcando sua terceira baixa consecutiva. Os juros futuros (DIs) mostraram-se sensíveis a notícias econômicas, como a Ata da última reunião do Copom.

A prisão domiciliar do ex-presidente Jair Bolsonaro, decretada na véspera, gerou preocupações no mercado. Analistas temem que a decisão possa levar a um aumento do tarifaço por parte dos Estados Unidos, especialmente por Donald Trump, que já havia justificado taxar o Brasil com base nas ações de Bolsonaro. O governo dos EUA já condenou a prisão, com declarações contundentes de autoridades. Existe ainda a apreensão de que o evento dificulte as negociações diplomáticas em curso para amenizar a crise do tarifaço.

Apesar da instabilidade, o impacto da prisão de Bolsonaro até o momento não foi tão expressivo. O governo Trump ainda não se manifestou diretamente sobre o assunto, o que mantém o mercado em compasso de espera.

O governo brasileiro, por sua vez, busca minimizar os efeitos do tarifaço. O ministro da Fazenda, Fernando Haddad, informou que 4% dos produtos brasileiros exportados para os EUA serão afetados, mas que mais de 2% desse total poderão ser direcionados para outros mercados. O presidente Lula declarou que Trump não tinha o direito de anunciar as tarifas da forma como fez, e que pretende convidá-lo para a COP30.

Em Wall Street, os principais índices fecharam em queda, influenciados pelo anúncio de novas tarifas por Trump sobre chips e medicamentos, e por dados do PMI de serviços do ISM que indicaram contração da atividade.

No cenário corporativo, Embraer e Klabin registraram quedas, mesmo após a divulgação de seus balanços trimestrais. Por outro lado, BB Seguridade apresentou alta impulsionada por números animadores e proventos. Ações da PRIO e outras empresas juniores do setor petrolífero também subiram, impulsionadas por dados operacionais divulgados.

As ações da Vale, que vinham contribuindo para o avanço do Ibovespa, cederam no final do pregão, registrando leve queda. Hapvida apresentou forte alta após a divulgação de dados de planos de saúde pela ANS. Os acionistas da BRF aprovaram a fusão com a Marfrig.