Ranking revela que Curitiba pode estar à beira de um colapso urbano semelhante ao de grandes metrópoles internacionais — e por que 2026 será um ponto de inflexão
O crescimento do aluguel de temporada no Brasil não é mais uma tendência isolada. Em cidades planejadas, como Curitiba, o modelo de locação por curta duração começa a alterar a dinâmica urbana de forma acelerada e silenciosa, reduzindo a oferta de imóveis para locação tradicional e pressionando os preços em áreas de alta demanda.
créditos imagem: F1 cia Imobiliaria
Dados recentes do site CasaTemporada, plataforma especializada em Aluguel de Temporada no Brasil, indicam que Curitiba segue o mesmo caminho de grandes cidades internacionais, como Nova York, Amsterdã e Berlim, onde o short stay começou a transformar bairros e dificultar o acesso à moradia para a população local.
Curitiba: a cidade planejada que não conseguiu controlar o boom do aluguel de temporada
Curitiba, tradicionalmente uma cidade planejada e estruturada, tem se deparado com um novo dilema: como equilibrar o aumento da demanda por aluguel de temporada e preservar a moradia local?
Bairros como o Centro, Batel e Vila Izabel começaram a sentir os efeitos do avanço do aluguel de curta duração. Segundo dados do CasaTemporada, Curitiba registrou um aumento de 22% na procura por imóveis de temporada em 2024, impulsionado principalmente por turistas de negócios, feiras e eventos corporativos.
Este crescimento, embora positivo para o turismo e a economia local, tem gerado uma escassez de imóveis para quem deseja morar na cidade. O aluguel mensal em bairros próximos aos centros de eventos e áreas turísticas está subindo, o que coloca pressão sobre os moradores tradicionais e os recém-chegados que procuram opções mais acessíveis.
Projeção para 2026:
Em 2026, a cidade deve registrar um crescimento de 15% a 20% no aluguel de temporada, especialmente durante grandes eventos corporativos e culturais. A expectativa é que Curitiba siga a tendência de outras cidades planejadas ao redor do mundo, como Berlim, onde o aluguel tradicional já não consegue competir com o aluguel de curta duração.
Comparações internacionais: Curitiba segue o caminho de cidades como Berlim e Nova York
O fenômeno do aluguel de temporada em Curitiba segue o padrão de cidades internacionais com forte demanda turística e corporativa. Em Nova York, por exemplo, a pressão do short stay sobre o mercado de moradia levou à criação de regulamentações mais rigorosas. Berlim, por sua vez, enfrenta um cenário semelhante, onde a escassez de imóveis para aluguel tradicional, especialmente em áreas turísticas, forçou a adoção de políticas públicas para controlar o avanço do modelo.
Em Curitiba, a pressão é sutil, mas crescente, com a mudança do perfil dos imóveis voltados para o aluguel tradicional para um modelo mais lucrativo, de curta duração. Especialistas do setor imobiliário já indicam que a taxa de vacância de imóveis para locação residencial em áreas centrais está diminuindo consideravelmente, enquanto o aluguel de temporada continua a crescer.
Ranking: As cidades brasileiras mais impactadas pelo aluguel de temporada
Com base nos dados de reservas, taxa de ocupação e perfil das estadias levantados pelo CasaTemporada, Curitiba ocupa a 6ª posição no ranking nacional das cidades mais impactadas pelo fenômeno do aluguel de temporada.
1º lugar – Rio de Janeiro (RJ)
Com o aumento das demandas por grandes eventos internacionais, o Estado do Rio de Janeiro, principalmente na cidade do Rio de Janeiro, experimenta uma verdadeira transformação em bairros turísticos e tradicionais. A pressão sobre o aluguel tradicional é constante e inevitável constatar que o Aluguel de Temporada no Rio de Janeiro domina os aluguéis.
2º lugar – São Paulo (SP)
No Estado de São Paulo, a alta taxa de ocupação dos imóveis voltados para o aluguel de temporada em São Paulo, reflete a dinâmica do turismo corporativo, com 65% das reservas com menos de cinco dias de duração, dados da capital paulista.
3º lugar – Salvador (BA)
Salvador, Capital do Estado da Bahia, se destaca pelo impacto constante do turismo. O aluguel de temporada em Salvador deixou de ser sazonal e, agora, pressiona a moradia local durante todo o ano
4º lugar – Fortaleza (CE)
Fortaleza é o caso que mais chama atenção pelo ritmo acelerado do Aluguel de Temporada em Fortaleza. O crescimento do aluguel de temporada em bairros litorâneos ocorre mais rápido do que a capacidade de absorção do mercado residencial.
Gestores públicos admitem, nos bastidores, preocupação com o impacto social da mudança.
Comparação internacional: Fortaleza apresenta sinais semelhantes aos vistos em Lisboa antes da imposição de restrições em áreas históricas.
5º lugar – Florianópolis (SC)
Florianópolis, capital do Estado de Santa Catarina, continua sendo um centro de atração para turistas e nômades digitais com as comodidades que o Aluguel Temporada em Florianópolis, pressionando o mercado de aluguel residencial e gerando discussões sobre a disponibilidade de imóveis para os moradores locais.
6º lugar – Curitiba (PR)
Embora Curitiba, capital do Estado do Paraná, tenha um perfil mais voltado para o turismo corporativo, a cidade começa a viver os efeitos do avanço do aluguel de temporada em Curitiba. A escassez de imóveis acessíveis é um dos pontos mais críticos.
Comparação internacional: Curitiba segue o caminho de Berlim, onde o aumento do aluguel de temporada pressionou o mercado de moradia tradicional e gerou tensões políticas.
A pressão do aluguel de temporada sobre o mercado imobiliário
O crescimento do aluguel de temporada em Curitiba, embora mais moderado em comparação com outras grandes cidades, está gerando uma pressão crescente sobre o mercado de moradia tradicional. Proprietários de imóveis, em busca de maior rentabilidade, preferem apostar no aluguel por curto prazo, especialmente durante grandes eventos corporativos.
Essa mudança tem efeitos diretos no bolso dos curitibanos, que enfrentam preços mais altos no aluguel residencial e uma oferta cada vez mais escassa de imóveis para longo prazo.
2026 no radar: regulamentação e um ponto de inflexão
As projeções indicam que, até 2026, o aluguel de temporada em Curitiba deve crescer entre 15% e 20%, especialmente com o aumento da procura por imóveis em função de feiras, eventos e turismo corporativo. Para 2026, especialistas já falam em possíveis intervenções por parte do poder público para tentar regular a situação do mercado imobiliário.
Curitiba, uma cidade conhecida por seu planejamento urbano, pode se tornar o novo centro de debate sobre como equilibrar turismo e moradia. A dúvida é se as autoridades locais conseguirão criar uma solução que beneficiará tanto a economia local quanto os cidadãos que dependem do aluguel tradicional.
O dilema de Curitiba
O que é claro é que, à medida que o aluguel de temporada cresce em Curitiba, as consequências para o mercado imobiliário residencial se tornam inevitáveis. O debate sobre como regular esse modelo deve se intensificar nos próximos anos, à medida que as tensões entre moradia e turismo se tornarem mais visíveis para os curitibanos.
O futuro de Curitiba, que já foi referência em planejamento urbano, agora depende de como o município equilibrará as forças do mercado imobiliário e as necessidades de seus moradores.
As análises apresentadas refletem dados agregados e projeções baseadas em reservas e comportamento de usuários do CasaTemporada.com. Thiago Moresqui – Analista
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