Análise das principais questões que influenciarão o investimento de impacto nos EUA.

Análise das questões políticas que afetarão o investimento de impacto nos EUA em 2026.

O investimento de impacto se encontra em um momento decisivo, à medida que se aproxima o ano de 2026. A batalha por uma economia mais sustentável e equitativa nos EUA enfrentou grandes desafios em 2025, incluindo instabilidade no mercado e retrocessos nas políticas públicas que poderiam ter promovido oportunidades econômicas. No entanto, importantes vitórias foram conquistadas, especialmente no que diz respeito ao financiamento comunitário.

A luta pela continuidade do CDFI Fund

Os Institutos de Financiamento para Desenvolvimento Comunitário (CDFIs) tornaram-se um foco de controvérsia em 2025, enfrentando ameaças à sua operação devido a tentativas de desmantelar o fundo do Departamento do Tesouro. Apesar de múltiplas tentativas de cortes, o apoio bipartidário no Congresso garantiu que o CDFI Fund continuasse funcionando, um sinal de resistência no investimento comunitário.

Retrocessos na modernização da CRA

A revogação das regras de modernização da Lei de Reinvestimento Comunitário (CRA) representa um golpe significativo, revertendo progressos que expandiam o acesso ao crédito em comunidades carentes. A nova aplicação da CRA sob regras de 1995 não atende às necessidades contemporâneas do setor bancário, colocando em risco o financiamento de instituições que servem comunidades de baixa e média renda.

Avanços na reforma tributária

Entre as boas notícias, a reforma tributária de 2025 consolidou os Zonas de Oportunidade como um recurso permanente na legislação fiscal dos EUA, além de aprimorar programas como o Crédito Fiscal de Novos Mercados. Essas mudanças prometem injetar bilhões em investimentos em comunidades carentes, oferecendo um alicerce para o desenvolvimento econômico.

A politicização da DEI e ESG

Uma Ordem Executiva em janeiro visou eliminar programas de Diversidade, Equidade e Inclusão (DEI), refletindo uma crescente politicização em torno das iniciativas ESG. No entanto, movimentos de resistência começaram a ganhar força, com esforços para proteger esses programas em meio a pressões legislativas.

A supervisão da SEC sobre engajamento dos acionistas

A Comissão de Valores Mobiliários (SEC) introduziu novas diretrizes que dificultam a apresentação de propostas de acionistas, o que pode afetar a capacidade das empresas de serem responsabilizadas por suas práticas ESG. Essa mudança pode ter repercussões significativas na forma como os investidores se envolvem com as empresas em que investem.

Políticas de energia limpa sob escrutínio

O futuro do Greenhouse Gas Reduction Fund (GGRF) está em disputa, com a administração anterior tentando desmantelar o programa. A possível perda de $27 bilhões em fundos para energia limpa poderia ter consequências devastadoras para comunidades de baixa renda que dependem de soluções sustentáveis.

Repeal dos créditos fiscais do IRA

Os republicanos no Congresso revogaram muitos dos incentivos fiscais para energia limpa do Inflation Reduction Act, o que poderá restringir severamente os avanços em energia renovável nos próximos anos.

Transparência corporativa em risco

A SEC também hesita em defender a nova regra de divulgação climática, que poderia impactar a responsabilidade corporativa em relação ao risco climático.

À medida que 2026 se aproxima, eventos chave como a mudança de liderança no Federal Reserve e as eleições de meio de mandato moldarão o ambiente político e regulatório. Com um cenário de incertezas, o trabalho para promover uma economia mais sustentável e equitativa é mais crucial do que nunca.