O impacto da IA no trabalho: entenda o conceito de workslop

Como a IA pode gerar tarefas sem sentido e afetar a produtividade

O uso de IA no trabalho pode gerar um fenômeno chamado workslop, que resulta em tarefas sem sentido e perda de produtividade.

Na pesquisa recente publicada pela Harvard Business Review, foi revelado que o fenômeno conhecido como “workslop” está afetando a força de trabalho. Em um cenário onde 40% dos 1.150 funcionários entrevistados nos Estados Unidos relataram ter recebido trabalhos sem sentido gerados por IA, a questão da produtividade se torna premente. Isso ocorre em um momento em que empresas como a Amazon falam sobre a necessidade de adoção de IA, mas os resultados mostram que a tecnologia pode estar causando mais problemas do que soluções.

O que é workslop?

O termo “workslop” se refere a tarefas que parecem produtivas, mas carecem de substância real. Este jargão é usado para descrever o conteúdo inútil gerado por ferramentas de IA, que muitas vezes resulta em mais trabalho para os funcionários que precisam corrigir ou verificar essas informações. Isso não apenas consome tempo, mas também gera custos significativos para as empresas, que podem chegar a milhões por ano.

Custos do trabalho malfeito

Os pesquisadores estimaram que cada caso de workslop custa, em média, US$ 186 mensais por funcionário, representando um “imposto invisível” para as empresas. Com um cenário de 10.000 funcionários, isso pode resultar em uma perda de mais de US$ 9 milhões anualmente. As reuniões adicionais e o tempo gasto para corrigir esses erros não se traduzem em produtividade, mas sim em frustração e desperdício de recursos.

Reflexões sobre o futuro do trabalho

Embora a IA não tenha substituído totalmente os trabalhadores humanos, o conceito de workslop levanta questões sobre a eficácia da tecnologia nas empresas. A pressão para adotar essas ferramentas pode levar a um cenário onde a qualidade do trabalho é comprometida. A mensagem de que a IA é a solução para todos os problemas de produtividade precisa ser reavaliada, à medida que os trabalhadores lidam com a realidade de tarefas sem sentido geradas por algoritmos.

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